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NARRADORA

Renata Silveira destaca rotina exaustiva por ser mulher e narrar futebol

Foto de Renata Silveira
Renata Silveira falou sobre o peso de narrar os jogos na Copa do Mundo (foto: Reprodução/Globo)

Renata Silveira, narradora da Globo, falou como foi trabalhar na Copa do Mundo, que termina no domingo (18). A comunicadora relatou que para uma mulher trabalhar no esporte ela precisa se provar o tempo todo e revelou que precisa estudar mais do que um homem pelos xingamentos que recebe se errar.

“Eu acho que a gente meio que vai educando, normalizando e acostumando as pessoas com a narração feminina e agora quando vem na Globo parece que eu preciso voltar e fazer tudo de novo. Olha gente, eu estou aqui, eu consigo fazer isso, eu posso fazer também. Me dá uma chance, me escuta aí. É um trabalho árduo, a gente tem que se provar o tempo todo, não temos tempo para errar”, contou ela em conversa com o Splash.

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A contratada da Globo pontuou que sempre gostou de estudar, mas é difícil ter que lidar com a pressão. “Eu sempre gostei muito de estudar, sempre fui muito estudiosa e com os jogos não é diferente. E simplesmente pelo fato de ser mulher, eu preciso estudar mais. Parece até bobeira falar isso porque todo mundo erra, mas se o cara que está lá narrando ele erra, é engraçado, faz parte, ele se enganou. Agora vai a mulher errar: ela é burra, ela não sabe, ela não tinha que tá ali, olha que sem noção. É bem complicado, a gente tem que tá pronta 20 vezes mais e encarar tantos leões por dia porque ainda a gente tem que provar tanta coisa”, disse.

A narradora destacou que não queria ser a primeira mulher a narrar alguma coisa, mas quer abrir portas. “Chega a ser um pouco cansativo também. Eu até brinco com isso porque daqui a pouco eu não vou ter mais adrenalina no corpo, porque toda hora é aquela experiência, aquele desafio novo, o friozinho na barriga. Eu não queria estar sendo a primeira a fazer tudo isso, mas já que estou aqui, vamos fazer direito isso, vamos abrir essa porta para que outras mulheres venham depois como narradoras, comentaristas”, contou.

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