Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.
LÉA GARCIA

Atriz de Escrava Isaura revela que apanhou na rua por novela

Foto de Léa Garcia
Léa Garcia relembrou agressões por vilã em Escrava Isaura (foto: Reprodução/Internet)

Um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, Léa Garcia relembrou a novela Escrava Isaura (1976). A atriz, que interpretou a vilã Rosa, revelou que chegou a apanhar na rua com um “peixe enorme” em uma época que as pessoas confundiam o ator com o personagem. “Apanhei muito”, contou ela.

“Uma vez, na feira, uma criatura pegou um peixe enorme e bateu com ele nas minhas costas porque eu ‘estava sendo perversa com a Isaura’. Também levei um beliscão que me fez chorar quando esperava um táxi na Praia do Flamengo. Naquela época, as pessoas confundiam o personagem com o ator”, detalhou a artista em conversa com Pedro Bial sobre a história de Gilberto Braga (1945-2021).

Leia mais: Polícia prende homem que tentou matar ex-repórter da Globo
Leia mais: Benjamin Back diz que foi visto como louco por aceitar trabalhar no SBT

A trama foi um grande sucesso, mas causou grandes problemas. O autor revelou que foi chamado até Brasília pois achavam a história perigosa. “Quando comecei a escrever Escrava Isaura, fui chamado a Brasília para conversar, porque eles achavam a novela perigosa. Então, na reunião com censores, ficou mais ou menos estabelecido que eu não poderia falar de escravo. Uma censora me disse que a escravatura tinha sido uma ‘mancha negra’ na história do Brasil, e que não deveria ser lembrada – aliás, segundo ela, o ideal seria arrancar essa página dos livros didáticos; imagine então falar disso na novela das seis”, detalhou em entrevista.

“Um censor falou que a novela podia despertar sentimentos racistas na netinha dele, porque ela via os brancos batendo nos escravos na televisão e podia querer bater nas coleguinhas pretas dela. Aí eu disse ao censor que ele devia ver um psicólogo para a menina porque, se ela se identificava assim com os bandidos”, afirmou o autor de grandes sucessos como Dancin’ Days (1978), Vale Tudo (1988), Paraíso Tropical (2007).

Leia mais