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RESULTADOS DE 2022

Globo tem prejuízo de R$ 41 milhões mesmo com cortes de custos

Imagem com foto do executivo Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo
Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo; emissora teve prejuízo mesmo com cortes em 2022 (foto: Globo/Oxidany)

A Globo divulgou os resultados de 2022 em comunicado interno para funcionários. Segundo Paulo Marinho, diretor-presidente, a empresa fechou o ano com prejuízo de R$ 41 milhões. Em 2021, havia sido de R$ 121 milhões. Um dos motivos foi o pagamento dos direitos de transmissão da Copa do Mundo do Catar. “Os custos de amortização dos direitos da Copa do Mundo acabaram por consumir os resultados acumulados dos três trimestres anteriores”, explicou o executivo.

O que você precisa saber

  • Mesmo com três trimestres positivos, a Globo teve um rombo de R$ 41 milhões em seus cofres no ano passado;
  • Paulo Marinho, diretor-presidente da emissora, assegura que uma das principais causas foram os custos relacionados à Copa do Catar;
  • Mesmo com o resultado negativo, o canal conseguiu um valor recorde em publicidade: R$ 9,107 bilhões, um crescimento de 8% na comparação com 2021;
  • “Apesar de termos alcançado uma melhora, fechamos o ano com resultado negativo“, lamentou Marinho.

De acordo com informações do colunista Guilherme Ravache, do UOL, Marinho ainda destacou os bons resultados da Globo no digital: “O crescimento do Globoplay e do Globoplay+Canais, mesmo num cenário em que o mercado de streaming experimentou dificuldades no Brasil e no mundo, foi importante para mitigar a curva declinante de assinantes da TV paga”, disse o herdeiro. Ainda segundo a publicação, em 2022 a companhia teria anotado um crescimento de 30% na publicidade digital e o Globoplay mais de 20%.

Apesar do prejuízo com o principal torneio de futebol do mundo, a Copa do Mundo também ajudou a Globo a bater recorde de publicidade. O grupo conseguiu um aumento de R$ 684 milhões na receita de venda de anúncios, alcançando 9,107 bilhões. O valor é 60% do total da receita da companhia. Além da Copa, os produtos que mais contribuíram para o resultado foram atrações e eventos como Big Brother Brasil 22, Rock in Rio e a nova versão da novela Pantanal (2022). Em relação ao ano anterior, o crescimento de publicidade foi de 8%.

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A receita líquida da Globo, no acumulado de 2022, teve aumento 5% (R$ 739 milhões) em relação a 2021, fechando com R$ 15,168 bilhões. O faturamento de 2021 foi de 14,429 bilhões. Com acordos com outras empresas, como o firmado com a Amazon para transmissão de partidas da Copa do Brasil, o grupo ainda teve o crescimento de R$ 96 milhões em outras receitas, chegando a R$ 625 milhões. A companhia registrou um salto de 18%, alcançando 4% do faturamento total no segmento de outras receitas.

No balanço de receita de conteúdo, a Globo teve redução de R$ 41 milhões em razão da queda de assinaturas de TV paga e da venda da Som Livre, na qual a receita contribuiu por apenas três meses no ano passado. “Os bons números do Globoplay, com crescimento do número de assinantes, ajudaram a compensar a queda”, disse Paulo Marinho no comunicado. O valor do faturamento com conteúdo diminuiu 1%, fechando o ano em 5,437 bilhões. Em 2022, a Globo vendeu a Som Livre para a Sony pelo valor de R$ 1,4 bilhão, o que também ajudou nos resultados.

Custos da Globo sobem mesmo após cortes

Mesmo após anos fazendo cortes, a Globo ainda teve aumento de custos de R$ 660 milhões em 2022. O motivo, além da inflação, é que para demitir a empresa também tem custos com a rescisão contratual de funcionários com décadas de casa. “Apesar de termos alcançado uma melhora, fechamos o ano com resultado negativo”, disse Marinho, indicando que as mudanças internas devem continuar. “Um cenário que exige uma atuação ainda mais conectada com nossos objetivos de conduzir a empresa para um futuro sólido e sustentável, revisitando custos, adotando novas práticas e tomando decisões assertivas e alinhadas à nossa estratégia”, afirmou.

“Este exercício precisa ser contínuo e se mostra necessário neste e nos próximos anos. Assim, seguiremos firmes na construção de uma Globo ainda mais eficiente, competitiva e relevante para a evolução da sociedade e do país”, complementou. Para 2023, a Globo ainda terá que enfrentar a conta dos Jogos Olímpicos, que serão disputados em 2024 em Paris. Assim como aconteceu com a Copa do Mundo, o pagamento dos direitos de transmissão foi fechado em um período no qual o mercado estava mais promissor.

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