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EM 1996

Maria Beltrão revela momento dilacerante na GloboNews: “Não sabia o que fazer”

Foto de Maria Beltrão
Maria Beltrão relembrou momento difícil na GloboNews (foto: Reprodução/Globo)

Um dos primeiros nomes da GloboNews, Maria Beltrão ficou no canal por 25 anos e estava na estreia. Poucos dias após o lançamento, a jornalista precisou lidar com a queda do Fokker 100 da TAM. O desastre matou 99 pessoas em São Paulo e fez com que a apresentadora passasse por um grande empasse: ouvir a lista das vítimas e conhecer uma delas.

O que você precisa saber

  • Integrante do primeiro time da GloboNews, Maria Beltrão revelou qual foi o seu momento mais difícil no canal de notícias;
  • Ela contou que o canal de notícias da Globo sequer tinha estrutura para cobrir a tragédia envolvendo um Fokker 100 da TAM;
  • “Eu dividia bancada com o Márcio Gomes. Morreu o filho do meu padrinho. Eu não sabia o que fazer”, relembrou a jornalista;
  • A diretora do canal quis que ela saísse da cobertura imediatamente, mas ela se recusou e continuou na bancada até o final do telejornal.

“O que nenhum de nós poderia imaginar é que o primeiro grande desafio para aquela turma que misturava recém-formados como eu e jornalistas mais experientes aconteceria duas semanas após o lançamento do canal. Quando eu comecei, eu dividia bancada com o Márcio Gomes no horário da manhã [programa Em Cima da Hora]. Fomos nós que demos a notícia do acidente aéreo e não tínhamos repórteres o suficiente para dar conta daquela tragédia. Foi terrível. Usaram o plantão da Globo para dar a lista. Eu estava no estúdio, enquanto a Sandra Annenberg dava a notícia”, detalhou ela.

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O filho do padrinho de Maria Beltrão morreu no local. “Morreu o filho do meu padrinho. Eu não sabia o que fazer. A Alice-Maria [jornalista] entrou e falou: ‘você vai sair do estúdio’. Eu falei que não, mas estava louca. Quando saí, nem o pai dele sabia que ele tinha morrido… Quando você acha que está preparada, acontece alguma coisa que pode te desestabilizar completamente”, contou.

Outro jornalista que estava escalado na época foi José Roberto Burnier que revelou que precisou escalar telhados em São Paulo para chegar ao local. “A Globo ficava na praça Marechal Deodoro ainda e a nossa chefe de reportagem me falou que teve um acidente em Congonhas. Os bombeiros já tinham isolado a região, tinha muita fumaça, fogo e sirene. Eu precisava chegar perto, comecei a olhar pelos telhados das casas e decidi que a gente ia pular de telhado em telhado para chegar lá. Pedimos pra entrar em uma casa, escalamos e pulamos um por um. Uma telha estourou e eu caí, a sorte foi que eu apoiei os dois cotovelos”, relatou.

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