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TECNOLOGIA E ECONOMIA

Globo segue cortando gastos e joga operação de canais por assinatura para a nuvem

Imagem com foto de arte com logotipo da Globo. Emissora está migrando operação de canais para nuvem do Google
Globo está migrando operação de canais pagos para a nuvem do Google (foto: Reprodução)

Dois anos após fechar parceria com o Google Cloud, a Globo deu mais um passo na estratégia de transferir suas operações e infraestrutura de canais para o serviço de armazenamento em nuvem. A partir de agora, todo o sistema de automação de exibição e comunicação visual dos canais do grupo na TV por assinatura passará a ser feito de forma independente da central técnica instalada no condomínio Íon, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O primeiro canal a migrar foi o Modo Viagem, em abril. Em maio, as mudanças foram colocadas em prática no Canal Brasil e no Futura.

O que você precisa saber

  • Ainda cortando gastos, a Globo decidiu transferir a operação de seus canais por assinatura para um sistema em nuvem;
  • A partir de agora, três das emissoras mantidas pela empresa gerão geridas fora da central técnica da rede, no Rio de Janeiro;
  • Até o final do ano, a líder de audiência planeja transferir outros 13 canais para o modelo mais econômico de gerenciamento operacional.

Até o fim do ano, a companhia prevê a migração de outros 13 canais pagos. “Cloud computing está intimamente associada a ganho de eficiência. Podemos lançar, com agilidade, canais temáticos, sazonais ou por demanda, impactando diretamente a experiência do usuário, que acessa conteúdos cada vez mais segmentados e inovadores. Operar na nuvem também nos permite abrir mão de uma arquitetura pesada de TI – que é sempre dispendiosa e demanda investimentos complementares em elétrica e refrigeração – e, ao mesmo tempo, aumentar a flexibilidade e escalabilidade”, diz Raymundo Barros, diretor de Estratégia e Tecnologia da Globo.

No final do ano passado, a Globo lançou seus dois primeiros canais Fast (free ad supported streaming television ou TV grátis por streaming bancada por anunciantes): Receitas e o GE, que estão disponíveis gratuitamente no Globoplay e no Samsung TV Plus, por exemplo. Ambos já nasceram com operação diretamente da nuvem. Agora, a empresa começa a migrar etapas relevantes dos processos de distribuição dos seus canais pagos. Foram cerca de dez meses de desenvolvimento, sendo dois deles marcados pela operação em simultâneo, utilizando tanto da infraestrutura física quanto da nuvem.

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“O playout consiste no sequenciamento de mídia – cada conteúdo que compõe a grade de programação –, que, por sua vez, conta com um sistema de automação para a leitura dos metadados e uma camada de grafismos. Agora, todo esse processo ocorre via Google Cloud, prescindindo dos servidores, da infraestrutura de matriz e dos demais elementos físicos”, explica Gilberto Castanõn, diretor de Distribuição de Conteúdo da Globo. A parceria inédita entre a Globo e o Google Cloud foi fechada em abril de 2021. Na ocasião, dentre seus objetivos, estava otimizar a infraestrutura de tecnologia da Globo e gerar novas oportunidades de negócios por meio de uma plataforma escalável.

Na etapa mais recente, a Globo contou também com parceria de duas empresas. A Harmonic, para a solução de exibição, e Aveco, para o sistema de automação. “Tanto a Harmonic quanto a Aveco desenvolveram produtos para atender a requisitos específicos da Globo. Foi tudo desenhado para suprir nossas necessidades, um esforço para entregar todo um ecossistema único que nós fazemos questão de reconhecer”, diz Gilberto Castanõn. Além dos canais Fast e pagos, já estão na nuvem todas as plataformas e produtos digitais, como Globo.com, G1, GE, Gshow, Globoplay, cobertura das eleições e o sistema de votação do Big Brother Brasil.

“Com relação ao BBB, pela primeira vez na história do programa, a infraestrutura e a segurança das plataformas digitais da Globo ficaram 100% na nuvem, com capacidade, elasticidade e confiabilidade para absorver a audiência massiva que, ao fim da exibição ao vivo da TV Globo, migra, no mesmo minuto, para o Globoplay. Além disso, a infraestrutura de nuvem vem sendo usada para a finalização de diversos eventos esportivos e de música, para processos de pós-produção e criação gráfica, e para o armazenamento de acervo, entre outros projetos”, detalhou a Globo no comunicado enviado ao TV Pop.

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