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EX-COMENTARISTA DA CNN

Boris Casoy descarta etarismo em demissões na Globo: “Crise econômica”

Imagem com foto do apresentador Boris Casoy
Boris Casoy comentou onda de demissões na Globo (foto: Reprodução)

Sem contrato com a CNN Brasil desde o fim do ano passado, Boris Casoy não tem planos de parar de trabalhar. O jornalista, que tem 82 anos de idade e mais de 60 de carreira, rejeita a ideia de se aposentar mesmo após décadas dedicadas ao ofício de informar. “Olho para o meu próprio caso. Aos 82 anos, ainda tenho muita lenha pra queimar. Além do fator financeiro, aposentar-se tem para mim o significado de desistir de viver”, disse o veterano em entrevista concedida ao site NaTelinha nesta quarta-feira (7).

O que você precisa saber

  • Mesmo sem contrato fixo com a CNN Brasil, Boris Casoy não planeja parar de trabalhar;
  • Aos 82 anos, ainda tenho muita lenha pra queimar. Aposentar-se tem para mim o significado de desistir de viver”, disparou;
  • O jornalista segue fazendo participações eventuais no canal de notícias e tem se dedicado também às redes sociais.

Casoy foi dispensado pela CNN em dezembro, em meio aos cortes de gastos que resultaram na demissão de mais de 120 funcionários. Ele, no entanto, continua fazendo participações eventuais em programas da rede, como o Arena e O Grande Debate. Com o fim do vínculo fixo com o canal de notícias da TV por assinatura, agora ele tem se dedicado apenas às redes sociais. “Atualmente eu só faço o Jornal do Boris, mas não afasto outros projetos jornalísticos que possam aparecer. Tenho condições físicas e mentais e gosto muito da minha profissão”, explica.

Apesar de ter passado a maior parte da carreira trabalhando em veículos tradicionais da imprensa, Boris Casoy não encontrou dificuldades ao migrar para as plataformas digitais. “Não vejo grandes dificuldades. Jornalismo é jornalismo em qualquer plataforma. As técnicas a gente adquire. Sempre consegui me adaptar. Fiz rádio, assessoria de imprensa, jornalismo impresso, TV, e agora navego no digital”, diz ele, que teve passagens TV Tupi (1950-1980), SBT, Record, TV JB (2007), Band e RedeTV!.

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Na conversa com o repórter Walter Felix, Boris Casoy analisou as recentes demissões na Globo, que atingiu profissionais com muitos anos de contrato, como Cléber Machado e Giuliana Morrone. Ele discorda que as dispensas tenham sido por etarismo, o preconceito por idade. “Acho que essas demissões estão ligadas à crise econômica e não ao etarismo. As TVs brasileiras não se preocupam com a idade de seus atores, jornalistas etc. O que interessa é o faturamento, audiência e prestígio que eles possam trazer”, afirmou.

“No caso do jornalismo, penso que essas demissões são danosas para a qualidade da informação e rompem um fator importante nas redações que são as correias de transmissão. A convivência na redação, a troca de ideias e experiência entre mais velhos e jovens são propulsoras da qualidade”, explicou Boris Casoy. Após passagens por tantos canais de TV, o profissional avalia a atual situação da televisão com a concorrência da internet. “A televisão vive uma enorme transformação no Brasil. É uma das vítimas da situação econômica do país e da concorrência da internet”, diz.

“Mesmo assim, ainda é um veículo importantíssimo em termos de informação e lazer, O governo, com suas gigantescas verbas, se esmera em tentar controlar as redes de TV, porque sabe que a internet ainda não atinge grande parte da população”, pontuou o jornalista. “Com o advento da inteligência artificial, surge mais um fator a favor da internet. Neste momento, fica difícil fazer qualquer previsão sobre os destinos da TV brasileira”, finalizou o ex-comentarista da CNN Brasil. Boris Casoy foi contratado pelo canal de notícias em dezembro de 2021 para substituir Alexandre Garcia, que na ocasião foi demitido por espalhar desinformação durante participações no quadro Liberdade de Opinião.

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