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PAOLA DE ORTE

Jornalista da Globo diz que sonha com a guerra: “Não tem como sair da mente”

Paola de Orte em frente a um tanque de guerra na cobertura do conflito entre Hamas e Israel
Paola de Orte detalhou como é a rotina na cobertura da guerra entre Hamas e Israel (foto: Reprodução)

Correspondente da Globo no Oriente Médio, a jornalista Paola de Orte vive a intensidade do conflito entre o Hamas e Israel. Em entrevista, a comunicadora da emissora líder contou como é a rotina na cobertura da guerra. “Sonho [com a guerra]. As imagens, a tensão, a dor dos outros. Não tem como sair da mente tão cedo. Acredito que continuarei sonhando mesmo muito tempo depois que isso terminar”, disse ela, que é natural de Curitiba, no Paraná.

Paola de Orte vive em Tel Aviv e precisa viajar todos os dias para outros lugares de Israel e da Palestina. O trabalho começa assim que ela acorda, com a checagem das principais notícias do dia. “Checo quais líderes vão falar, que tipo de manifestação vai ter e o mais importante: que tipo de ataque é esperado para decidir como vai ser a cobertura, se vamos para o sul fazer a questão militar, se ficamos pelo centro do país para a parte política da guerra, ou para alguma outra cidade”, contou a repórter da Globo ao jornal Extra.

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Ela diz que durante a rotina na cobertura da guerra mantém contato com a família e amigos. “Falo com meus pais todos os dias e com amigos, às vezes. Geralmente, depois que entro ao vivo pela última vez. Sempre fui conhecida entre os amigos por ser conversadeira, gostar de falar ao telefone. Pois agora é que ligo mesmo, e ninguém reclama mais. Sabem que preciso do ouvido deles”, detalhou a correspondente da emissora líder. Ela trabalha na capital de Israel desde 2021.

Paola de Orte disse que toma uma série de cuidados com a cobertura nas ruas. “O jornalismo foi também alvo desta guerra, não só com relação à integridade física dos jornalistas mortos e feridos, mas também com a dificuldade de acessar informação que por vezes foi imposta. Houve um momento em que os palestinos de Gaza, um lugar onde a livre expressão já é limitada, controlada pelo governo local, foram privados de conexão à internet”, afirmou.

“Minhas fontes não me responderam por mais de 24 horas, eu não podia nem saber como elas estavam. Em termos de cuidados pessoais, quando estou indo em direção à Faixa de Gaza, levamos sempre colete à prova de balas, capacete e temos que ficar atentos para reagir se algo acontecer, para tomar decisões rápidas”, concluiu Paola de Orte. Ela também faz participações na programação da GloboNews, o canal de notícias da Globo na TV por assinatura.

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