A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou, nesta quinta-feira (30), Silvana Taques, mãe de Larissa Manoela. A pedagoga é acusada de praticar intolerância religiosa contra o noivo da filha, André Luis Frambach.
Silvana Taques usou o termo “macumbeira” ao se referir à família do ator, que é espírita kardecista. “Esqueci de te desejar… que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira”, escreveu a mãe da artista, em mensagem enviada no Natal de 2022 por um aplicativo de mensagens.
Segundo Rita de Cassia Salim Tavares, delegada responsável pela investigação, a mãe de Larissa Manoela cometeu um ato de intolerância religiosa e atacou a comunidade formada por religiosos de matriz africana. “O teor da mensagem cujo conteúdo é de intolerância religiosa extravasou a esfera privada atingindo toda uma comunidade formada por religiões de matriz africana, pois foi recebida como insulto, intolerância, preconceito e ódio aos preceitos da referida religião”, pontuou.
+ Globo desiste de A Vovó Sumiu e escolhe novo nome para substituta de Fuzuê
+ Maior vencedor do The Voice Brasil, Michel Teló alfineta: “Não vou lá pra brincar”
O teor da declaração instaurou uma investigação contra ela pelo crime de intolerância religiosa, previsto no artigo 208 do Código Penal Brasileiro. Se condenada, a mãe de Larissa Manoela pode ter de cumprir uma pena de dois a cinco anos de reclusão.
No começo de novembro, a mãe da atriz solicitou o arquivamento da denúncia de intolerância religiosa, movida contra ela pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro, em conjunto com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP). Os advogados de Silvana Taques alegaram que não existiamm elementos o suficiente para incriminá-la e afirmaram que as capturas de tela das trocas de mensagens não são verídicas. O pedido foi negado pela Justiça.
