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19 ANOS DE CADEIA

Gloria Perez explica por que aceitou pena mais curta aos assassinos de Daniella Perez

Foto de Gloria Perez na série documental Pacto Brutal
Gloria Perez falou sobre condenações dos assassinos de Daniella Perez (Foto: Reprodução/HBO Max)

Gloria Perez revelou por que aceitou que os assassinos de Daniella Perez (1970-1992), Guilherme de Pádua (1969-2022) e Paula Thomaz, tivessem penas menores a 20 anos pelo crime. A autora de novelas da Globo revelou que as regras do código penal na época do julgamento permitiam que condenados a mais de 20 anos tivessem um segundo julgamento. Para evitar mais desgaste emocional e desesperada para ver os criminosos presos, a novelista acreditou que os 19 anos que ambos levaram foi o que as condições da época permitiam.

“O problema sempre foi o Código de Execução Penal porque, se pelo menos as pessoas cumprissem aquele número de anos a que foram condenadas… E na época ainda tinha outra restrição, se você fosse condenado a mais de 20 anos, tinha direito a um segundo julgamento”, declarou a veterana, em entrevista ao Basta Cast. O podcast é comandado por Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, morto aos 4 anos, em 2021. A mãe e o padrasto do menino respondem pelo crime na Justiça do Rio de Janeiro.

“Então, para evitar isso, os juízes da época não chegavam a 20 anos, eles davam 19 e tanto, qualquer que fosse a gravidade do crime. Por isso que os dois levaram 19 e tanto, não, 40, 30 [anos]. Então você já tinha essa limitação, e com essa limitação não podendo passar dos 20, porque, veja, nós ficamos seis, sete anos pra conseguir fazer o julgamento, é uma coisa exaustiva, aí vai fazer de novo mais seis, sete anos? Então eu acho que o juiz fez bem de dar uma pena que não justificasse, nem permitisse um segundo julgamento”, afirmou Gloria Perez.

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Apesar do tempo da condenação, Gloria Perez acredita que não houve justiça pela filha. “Agora dessa pena eles cumprem uma parte mínima… Então sempre foi a lei de execução penal o problema, por isso é que quando vem na manchete de jornal condenado a 60 anos de prisão, as pessoas ficam com a alma lavada, só que não vai ficar isso”, lamentou. A autora também criticou as saídas temporárias. “Continua a impunidade vigorando. É uma coisa muito louca, mas que o Brasil suporta ver isso”, declarou.

Vale ressaltar que Gloria Perez fez uma série de protestos e exigiu mudanças nas leis que se referiam a crimes hediondos ao longo da década de 1990. A escritora de novelas mostrou como foi esse processo na série Pacto Brutal, da HBO Max, que conta a história de como o crime aconteceu e como foi o julgamento de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.

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