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YouTube perdoa Jovem Pan e canal estima incrementar faturamento em R$ 20 milhões

Foto de Rafael Colombo e Lívia Zanolini no estúdio da Jovem Pan News
Rafael Colombo e Lívia Zanolini são os principais rostos de nova fase editorial da Jovem Pan (foto: Reprodução/JP News)

Nem tudo é motivo de tristeza para a Jovem Pan: nesta quarta-feira (21), no mesmo dia em que voltou a se engalfinhar com o Ministério Público, a empresa foi oficialmente perdoada pelo Google e voltou a ter todos os seus canais de vídeos no YouTube aptos para monetização, depois de 15 meses sem poder ganhar um centavo da plataforma de vídeos do Google. Nos bastidores, estima-se que a empresa incrementará os seus cofres com até R$ 20 milhões mensais, caso os programas da rede tenham performances na mesma linha do período que antecedeu a punição da rede.

TV Pop apurou que a novidade foi comemorada pelos executivos do conglomerado controlado por Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha. A remuneração do YouTube representa uma grande parte do faturamento do Grupo Jovem Pan, e a sua interrupção fez estragos nos cofres da empresa, que tem dificuldades para conquistar anunciantes em sua operação televisiva. Com a desmonetização dos canais digitais da rede, estima-se que a companhia possa ter deixado de arrecadar até R$ 300 milhões entre o fim de 2022 e o início deste ano.

O canal já negociava a retomada da monetização de suas páginas no YouTube desde o segundo semestre de 2023. A emissora acreditava que já estaria apta a receber verbas da plataforma de vídeos do Google em janeiro de 2024, mas acabou sendo surpreendida com a demora da multinacional para decidir se iria ou não dar uma nova chance para a companhia. A Jovem Pan precisou passar todo o ano de 2023 realizando alterações em sua linha editorial para pleitear uma nova chance aos responsáveis pelo serviço de streaming.

Foto do apresentador Tiago Pavinatto no estúdio do Linha de Frente
Tiago Pavinatto foi demitido e não faz mais parte da Jovem Pan News (foto: Reprodução/JP News)

Jovem Pan foi “gourmetizada” para retomar monetização

Para voltar a ganhar dinheiro do YouTube, Tutinha precisou abrir mão de algumas das maiores estrelas (e das maiores audiências) da Jovem Pan. Nomes como Augusto Nunes, Alexandre Garcia, Zoe Martinez, Tiago Pavinatto e Rodrigo Constantino inflamavam o público da rede e faziam com que a empresa vencesse a GloboNews na televisão por assinaturas, mas foram demitidos para que a empresa pudesse tentar dizer que adotou um discurso mais moderado.

Deu certo — mas os resultados da companhia despencaram em todas as plataformas, até mesmo no YouTube: Os Pingos nos Is, descaracterizado e com novos elenco e âncora, é sistematicamente menos visto na internet que Oeste Sem Filtro, O É da Coisa e Os Tremas nos Us. Na televisão, os picos de quase 2 pontos deram lugar ao traço absoluto em incontáveis momentos. O vespertino Linha de Frente, que chegou a vencer Andréia Sadi e o Estúdio i, se consolidou com desempenho residual em ambas as plataformas.

Procurada pelo TV Pop, a diretoria da Jovem Pan não respondeu aos contatos até a publicação deste texto. A assessoria de imprensa da empresa disse que não iria se manifestar sobre o assunto.

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