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SITUAÇÕES LAMENTÁVEIS

Contratada da Globo, Maria Cândida lamenta episódios de assédio: “Nunca denunciei”

Foto de Maria Cândida
Maria Cândida lamentou episódios de abuso na carreira (Foto: Reprodução/Instagram)

Repórter do É de Casa, da TV Globo, Maria Cândida aproveitou o Dia Internacional da Mulher para relembrar episódios lamentáveis que viveu na carreira. Nesta sexta-feira (8), a comunicadora usou as redes sociais para mostrar um ensaio que fez nua para reforçar a própria liberdade e para compartilhar com as seguidoras o que já precisou fazer para passar por cima das adversidades. “Nua, livre, abusada. Nunca mais. Liberdade é o valor mais importante da minha vida. Não existe possibilidade de me convencerem de que meu tempo já tinha passado (sim, fui convencida no passado)”, escreveu.

Ao Notícias da TV, Maria Cândida confirmou que viveu situações desagradáveis e de abuso no trabalho. “Nesse momento, não me sinto confortável para dar nomes, porque de nada adiantaria. Quando tiver milhões de seguidoras na internet e for totalmente livre, posso contar todas as histórias. Mas no futuro, talvez quando tiver 70 anos”, avaliou. “Em uma empresa, fui mandada embora e nem preciso explicar, vocês já sabem. Em outra, tentaram subornar meu cinegrafista com uma caixa de uísque para que não me apoiasse”, continuou.

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Maria Cândida revelou que não era levada a sério como jornalista pelo fato de ser mulher. “No início de carreira, vários pegavam na minha bochecha como ‘professores’ e falavam: ‘Você dará uma ótima apresentadora. Tão linda. Boneca e burra'”, contou. “Alguns jogaram fitas de reportagem minhas no chão, na Redação, e diziam que meu trabalho estava uma merda. Depois, me convidavam para jantar para me ‘ensinarem’. Eu me esquivava, ia ao banheiro e chorava. Segurava, recompunha e seguia”, lamentou.

A apresentadora da Globo explicou por que não fez denúncias quando esses episódios aconteceram. “Essas histórias aconteceram no passado, durante praticamente toda a minha carreira. Nunca denunciei porque, se denunciasse, seria excluída. Hoje, eu me sinto livre para falar porque 80% da minha renda vem da internet. Mas eu, como a maioria das mulheres, tinha medo e não me sentia protegida”, explicou.

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