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Após ser expulsa de Angola, Record África volta ao ar com novo nome

Record África passa a se chamar My Channel África em Angola (foto: Reprodução)
Record África passa a se chamar My Channel África em Angola (foto: Reprodução)

Após ser banida de Angola por irregularidades na diretoria, a Record conseguiu retomar as transmissões no país africano. No fim de julho, o canal de Edir Macedo voltou a ter suas produções exibidas em um novo canal chamado My Channel África. Diferente da antiga Record TV África, encerrada em abril, a nova emissora não conta com programação local e jornalismo ao vivo para o público angolano. Por lá, são exibidas reprises de novelas, programas e realities atualmente em exibição no Brasil.

Para transmitir os programas, a Record mudou até mesmo o nome de algumas atrações. O Ilha Record, apresentado por Sabrina Sato, virou A Ilha – Tudo a Ver, como se fosse derivado do programa de variedades que saiu do ar no Brasil em 2014. O bloco Record Kids, que exibe produções dedicadas ao público infantil, virou My Channel Kids e tem a mesma vinheta e logotipos usados no Brasil. Para despistar o governo angolano, a Record tirou todas as produções da Igreja Universal do Reino de Deus –com exceção do The Love School.

A programação do My Channel África conta também com produções da Record News, o quadro de fofocas A Hora da Venenosa, do Balanço Geral SP, Power Couple Brasil 5, Hoje em Dia, as novelas Topíssima (2019), Gênesis (2021), Promessas de Amor (2009), Prova de Amor (2005) e Belaventura (2017). No caso da superprodução Gênesis, a Record está exibindo capítulos duplos da trama bíblica por conta do período em que ficou fora do ar. A novela Dona Xepa (2013) tem estreia marcada para 30 de agosto.

Record África é banida de Angola

As atividades da Record África foram suspensas pelo governo de Angola no mês de abril. Nuno Carnaval, secretário de Estado para a Comunicação Social, fez o anúncio do encerramento da emissora que foi transmitido pela TPA, a televisão pública angolana. Para o Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), a medida surge na sequência da constatação de “inconformidades” em relação aos requisitos legais para o exercício da atividade jornalística em Angola.

Em comunicado, o ministério alegou por exemplo “que a empresa Rede Record de Televisão (Angola), Limitada, que responde pela TV Record África, tem como diretor-executivo um cidadão não nacional”. Outros canais também tiveram as atividades suspensas pelo governo local, caso de Zap Viva e Vida TV. “Infelizmente, as direções destas empresas não cuidaram de corrigir ao longo do tempo que vêm operando no mercado angolano. Por outro lado, estas empresas enquanto não procederem a correção em conformidade com os requisitos legais, estarão suspensas do exercício da sua atividade”, diz Nuno Carnaval.

Em 2020, a Igreja Universal do Reino de Deus virou alvo de uma investigação da Polícia Nacional de Angola e de uma disputa com pastores angolanos dissidentes dos brasileiros. Os templos foram ocupados em ações que envolveram violência física.

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