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PRISCILLA, A RAINHA DO DESERTO

Reynaldo Gianecchini é criticado pela comunidade LGBT+ por papel em peça gay

Foto de Reynaldo Gianecchini para a peça Priscilla, a Rainha do Deserto
Reynaldo Gianecchini foi criticado por trabalho em peça gay (Foto: Reprodução/Instagram)

Reynaldo Gianecchini se tornou alvo de críticas de membros da própria comunidade LGBTQIAPN+ por ter aceitado ser o protagonista da peça Priscilla, a Rainha do Deserto, que estreia em junho. O ator viverá Tick/Mitzi, que já foi retratada em um filme e em teatros pelo mundo todo. O problema é que o próprio famoso já garantiu não ter afinidade com o universo gay, apesar de se considerar pansexual, e muito menos com o teatro musical. Em entrevista ao portal F5, da Folha de S.Paulo, as cantoras drag Sara e Nina criticaram a escalação do galã para o papel.

“Vem crescendo esse interesse em contar as histórias de pessoas trans, drags, travestis. Mas em vez de chamar essas pessoas para narrar suas histórias, chamam pessoas como Reynaldo Gianecchini, que pouco se comprometem, pouco se posicionam, que têm mais passabilidade nos meios onde o dinheiro circula”, afirmou Gabriel Sanches, que interpreta a drag Sara.

“O que eu acho mais sério está acima do Gianecchini, afinal é difícil dizer ‘não’ quando você recebe um convite. É preciso ter muita consciência social para dizer ‘esse trabalho não é para mim’. É um ciclo que precisa ser quebrado lá na origem. Quem tem o poder de convidar o Gianecchini teria o poder de convidar qualquer outro artista drag e dar oportunidade a quem está à margem há tanto tempo”, criticou o intérprete de Nina.

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Além de Reynaldo Gianecchini, a peça sobre Priscilla contará com Diego Martins no papel de Adam/Felicia. O ator foi responsável por dar vida ao Kelvin em Terra e Paixão (2023), da TV Globo. As atrizes trans Verónica Valenttino e Wallie Ruy se revezam no papel de Bernardette. Os três artistas, ao contrário do protagonista, têm voz ativa nas redes sociais a favor da comunidade LGBTQIAPN+, que é justamente o ponto de crítica de Sara e Nina em relação ao galã de Esperança (2000).

Reynaldo Gianecchini já falou sobre as dificuldades de trabalhar em Priscilla, a Rainha do Deserto. “Só canto no chuveiro. E cantar em um musical é um preparo bizarro. Eu estou estudante. Vou lá todo dia e tento dar o meu melhor. Dançar, estamos falando de níveis de dificuldade: não é só dançar, é dançar num salto 15, porque é uma drag. O nível de dificuldade é gigante. Me sinto como se eu estivesse lá atrás, em Laços de Família, que eu resolvi fazer uma coisa muito difícil, que eu não tinha experiência”, declarou à CNN.

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