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Estrela de Família é Tudo, Juliana Paiva avalia atual protagonista: “Tem tristeza profunda”

Foto de Juliana Paiva
Juliana Paiva é Electra, uma das protagonistas de Família é Tudo (Foto: Léo Rosário/TV Globo)

Em seu primeiro trabalho sem contrato fixo com a Globo, Juliana Paiva celebra a oportunidade de viver uma protagonista densa como Electra em Família é Tudo, trama escrita por Daniel Ortiz e dirigida por Fred Mayrink. A personagem é a primeira da atriz na TV depois de Luna, de Salve-se Quem Puder (2020-2021), que vivia o drama de ter que conviver com a mãe mesmo sem poder assumir sua própria identidade. Na atual trama das 19h, a artista tem que dar vida a uma mulher que foi presa injustamente e acaba sem o apoio da própria família.

Em entrevista exclusiva ao TV Pop, Juliana Paiva destaca as principais diferenças entre Luna e Electra. “A Luna, na verdade, teve uma busca pela mãe dela, mas era um drama até então controlado, porque ela estava próxima dessa mãe. Era uma questão de segredo que prendia ali. A Electra sofreu uma tragédia. Ela não é uma personagem triste, para baixo. É uma menina que tinha toda a possibilidade de ser muito feliz e que isso é roubado dela”, avaliou.

“É uma personagem que em algum momento essa busca por justiça pode se misturar com senso de vingança, que ia trazer um lado mais dúbio da personagem. A vida andou para todo mundo, e para ela não, então ela não vai estranhar essa retomada de vida. Inclusive, o próprio amor dela, o namorado que hoje é noivo da melhor amiga. São muitas decepções”, continuou.

Juliana Paiva destacou as principais dificuldades que Electra enfrenta na história e se colocou no lugar da jovem, que passa cinco anos presa. “Diferente da Luna, que todo mundo queria acolher, abraçar e tinha aquelas amigas que estavam ali para toda hora, a família não acredita nela. Então ela tem uma solidão muito grande. E só a Vênus (Nathalia Dill), a única das irmãs que acredita, e o Murilo (Henrique Barreira), que é o advogado, são capazes de dar fortalecida nela”, explicou.

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“Mas é muito difícil você pensar pela ótica de alguém que foi preso por cinco anos, quando alguém que cometeu um crime já é difícil, permanecer dia e noite em uma cela, agora imagina quando você não fez aquilo. O que deve passar pela mente dessa pessoa”, continuou.

“Acho que tem um monte de revolta que é diferente da Luna, tem uma tristeza profunda, tem uma vontade de retomar essa família, mas ao mesmo tempo tem a dor de: ‘Poxa, vocês não foram me visitar na cadeia por cinco anos?’. Ninguém deu o benefício da dúvida para essa personagem. ‘A Justiça fala uma coisa e vocês aceitam? Tudo o que a gente, meu passado e a minha essência não valem de nada?’. Então ela pulsa de um jeito diferente. Se vai ser do início ao fim essa carga densa, aí é com o Daniel [Ortiz]. Até então tenho ousado bastante nessas cenas dramáticas”, entregou.

Em Família é Tudo, Juliana Paiva repete a parceria com Daniel Ortiz, com quem trabalhou durante a pandemia. “Salve-se Quem Puder foi uma das novelas de maior sucesso que eu fiz. Foi um momento especial para todo mundo e para a gente também. A gente pegou uma pandemia no meio da novela e a gente não soltou a mão de ninguém. Foi muito bonito ver a parceria de uma equipe inteira de: ‘Olha, gente, é o único respiro que estão tendo em casa, está difícil para todo mundo. Vamos entregar'”, avaliou.

“Foi muito bonito, veio no momento que eu tinha perdido meu pai, então foi muito legal ter convivido com o Daniel e com Fred [Mayrink, diretor da novela]. Fiquei intimamente fortalecida por ter esse aparato deles, então acho que é um reencontro muito especial em um outro momento de carreira. É uma personagem bem diferente de tudo, um grande desafio que estou ganhando e estou amando reencontrar todo mundo de novo”, concluiu.

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