Suzane von Richthofen venceu, em segunda instância, uma ação que movia contra a TV Globo. A mulher, que foi condenada por matar os pais em 2002, teve um laudo psicológico divulgado pelo Jornalismo da emissora em 2018. A Justiça entendeu por duas vezes que a empresa invadiu o direito de privacidade da detenta, mesmo ela tendo cometido um crime que marcou a história do país.
De acordo com o portal F5, da Folha de S.Paulo, ainda cabe recurso ao canal carioca. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o pagamento da indenização em primeira instância e exigiu que o valor fosse depositado no fim de 2024, mas Suzane recorreu. O lado psicológico que foi divulgado em rede nacional atestava que a condenada podia viver em sociedade, no entanto, tinha personalidade manipuladora e agressividade camuflada.
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Na ação, Richthofen alegava que teve sua liberdade invadida e que o caso estava em sigilo de Justiça, algo que foi concordado pelo desembargador Rui Cascaldi. O magistrado alegou em sua decisão que a imprensa deve ter seus limites em um país democrático, e que a reportagem “transborda a mera informação”. Para se defender, a Globo recorreu da decisão em esferas maiores.
A Globo e Suzane von Richthofen já tiveram problemas anteriores. Em 2006, dois meses antes do julgamento dos envolvidos no assassinato dos pais da mulher, os advogados dela permitiram que a emissora a entrevistassem. Com roupa em tons infantis, a condenada se emocionou e teve conversas com seus advogados captadas pelos microfones na reportagem. Em um dos momentos, ela avisa que não vai conseguir chorar em frente às câmeras e leva uma bronca. “Você está feliz? Então você está feliz. Está feliz? Acabou”, disparou Denivaldo Barni, seu “anjo da guarda”.
