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ZULEICA

No ar em Pantanal, Aline Borges diz que não se reconhecia na TV

Foto de Aline Borges
Aline Borges falou sobre espaço na televisão (foto: Reprodução/Globo)

No ar em Pantanal, Aline Borges contou em entrevista para a Quem como tem sido a repercussão da carreira após entrar na trama de Bruno Luperi como Zuleica. A atriz pontuou que possui 27 anos de carreira e estava no teatro, mas nunca havia tido uma chance de mostrar o trabalho. A artista relatou que não se via na televisão por ser uma mulher preta.

“Estou vivendo um momento na minha carreira que é muito importante. Um momento de ascensão dentro de uma trajetória que vem de muito tempo. Eu tenho 27 anos de carreira. Nunca tinha tido a oportunidade que eu estou tendo agora com o Pantanal. Tem gente que está achando que eu estou começando agora. ‘Nossa, onde estava essa atriz?’. Estava no teatro. Estava plantando o meu caminho e fazendo muitas outras coisas. É a primeira vez que eu tenho, dentro desses 27 anos de carreira, uma oportunidade de mostrar o meu trabalho”, afirmou.

A artista declarou que é preciso ter exemplos na televisão. “É importantíssimo ter pessoas pretas em todos os espaços. Eu não me reconhecia na TV. Meninas pretas e meninos pretos vão assistir TV e precisam se ver não só nos papéis que a vida inteira colocaram a gente, o de empregada, copeira e faxineira. Eles precisam se ver presidente, médicos… É isso que a gente precisa ver, essa transformação. Ter essa família Gonçalves em Pantanal é muito importante, mas ainda é apenas um núcleo. Precisamos ocupar mais espaços”, contou ela.

“A gente vive em um país extremamente racista onde a gente precisa lutar muito para ver pessoas pretas na televisão atuando ou ocupando espaço de poder em qualquer lugar na sociedade. Eu sou uma mulher preta que não tem uma pele retinta. Então, o meu prejuízo social nunca vai se comparar ao de uma mulher preta retinta. Sou uma mulher preta que representa várias outras mulheres pretas, mas as oportunidades para mim são maiores do que para uma mulher preta retina”, concluiu.

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