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PAULO FIGUEIREDO FILHO

Após Jovem Pan, comentarista tem canal desmonetizado: “Sem justificativa”

Imagem com foto do comentarista Paulo Figueiredo Filho
Paulo Figueiredo Filho teve canal desmonetizado pelo YouTube (foto: Reprodução)

Paulo Figueiredo Filho, comentarista da Jovem Pan, teve seu canal desmonetizado pelo YouTube. Na plataforma de vídeos do Google, o neto de João Figueiredo (1918-1999), último presidente do Brasil no período da ditadura militar (1964-1985), incentivava atos antidemocráticos e propagava informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro. Em uma rede social de mensagens curtas, o contratado da empresa de mídia comandada por Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, fez um desabafo.

“O YouTube acaba de desmonetizar o meu canal com quase 1 milhão de inscritos e 15 milhões de views/mês. Sem justificativa. Nunca havia tomado um strike sequer. É claro que sabemos de onde veio a ordem… Estou avaliando as medidas possíveis”, disse ele, que mora nos Estados Unidos. “Com a desmonetização do meu canal no Youtube, peço a gentileza de que mais pessoas se inscrevam no meu canal do Rumble (que é o concorrente)”, pediu Paulo Figueiredo Filho aos seguidores em outra postagem publicada horas depois.

Em novembro, o YouTube também decidiu suspender, por iniciativa própria, a monetização dos canais da Jovem Pan. Na ocasião, segundo explicou o site de vídeos do Google em comunicado para a imprensa, aconteceram “repetidas violações” das políticas de combate à desinformação, principalmente por causa do programa Os Pingos nos Is. Não houve pedido da Justiça referente os conteúdos da emissora.

Em nota, o YouTube disse que “o canal Os Pingos nos Is incorreu em repetidas violações das nossas políticas contra desinformação em eleições e nossas diretrizes de conteúdo adequado para publicidade, incluindo as relacionadas a questões polêmicas e eventos sensíveis, atos perigosos ou nocivos, além de outras políticas de monetização. Desta forma, suspendemos a monetização do respectivo canal e dos outros que integram a rede Jovem Pan no YouTube, de acordo com nossas regras”.

Apesar de ser um veículo com presença em diversas plataformas, além do rádio e televisão, a Jovem Pan tem o YouTube como uma importante fonte de receita. Em 2021, o conglomerado faturou R$ 20 milhões apenas com monetização de vídeos no site do Google. A alta no faturamento por meio do Programa de Parcerias do YouTube fez com que a empresa batesse recorde de arrecadação, aumentando o lucro em 20% e ultrapassando a marca de R$ 100 milhões de faturamento, o maior de toda sua história.

Durante o período das eleições, a Jovem Pan foi investigada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por suposto tratamento privilegiado para a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL). A apuração foi aberta a pedido da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Recentemente, foram demitidos da empresa de mídia diversos nomes ligados ao bolsonarismo, entre eles Augusto Nunes, Caio Coppolla, Guilherme Fiuza e Carla Cecato, ex-âncora da Record que apresentou os programas eleitorais de Bolsonaro na propaganda eleitoral.

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