Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.
WALACE LARA

Repórter da Globo chora ao vivo em jornal ao relatar exploração em tragédia

Imagem com foto do repórter Walace Lara, da Globo São Paulo
Walace Lara, repórter da Globo São Paulo, se emocionou durante transmissão (foto: Reprodução/Globo)

Walace Lara, repórter da Globo, chorou ao vivo durante cobertura da tragédia causada pelas fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo no último final de semana. Em conversa com Sabina Simonato em uma edição especial do Bom Dia São Paulo, o jornalista da emissora líder ficou com a voz embargada ao denunciar a exploração de comerciantes que estavam cobrando da população afetada R$ 93 por um litro de água. “Deus está vendo”, desabafou o experiente profissional.

O contratado da Globo participou do jornalístico direto da cidade Caraguatatuba, para onde foi levada a maior parte das vítimas da tragédia. Antes de entrar ao vivo, o repórter ouviu o relato de Suzan Tavares, moradora da praia de Boiçucanga, em São Sebastião. Ela relatou que houve alta no preço de alimentos básicos e de água. “A gente fica pensando que nessas horas a gente vê muitos gestos de solidariedade, mas também muita ganância. Como diz o pessoal nas ruas: ‘Deus tá vendo’. Cobrar R$ 93 por um litro de água…”, disse ele, muito emocionado.

Leia mais: Globo muda programação para mostrar cobertura de tragédia em São Paulo
Leia mais: Após desastre no litoral de SP, repórter da Globo não consegue contato com a filha

Após Walace Lara passar os detalhes sobre a situação no local, a substituta de Rodrigo Bocardi no Bom Dia São Paulo elogiou a postura do colega de trabalho. “Esses gestos, as suas emoções, mostram quão humano o Walace é. Ele é um repórter daqueles que a gente dá nota 10. Vai atrás, né?”, comentou. Na sequência, a comunicadora convidou o repórter para falar mais sobre o que tem visto de perto no litoral norte paulista. “Desculpa, gente, eu vou respirar aqui e vou falar”, avisou ele.

“Eu estive ontem numa comunidade em São Sebastião, onde tem pelo menos 100 pessoas voluntárias tirando lama de dentro das casas. E assim, uma situação muito difícil para a gente ver, para acompanhar. As cidades não têm estrutura, então é tudo muito difícil. Muito complicado”, afirmou. “E desculpa, mas é difícil ouvir um depoimento como a gente ouviu agora e não se emocionar. Cobrar R$ 93 em um litro de água na situação em que nós estamos aqui… É inacreditável”, desabafou Walace Lara.

Leia mais