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LEGIÃO ESTRANGEIRA

Demitido da Globo, Ernesto Paglia participa de programa da TV Cultura

Imagem com foto do jornalista Ernesto Paglia
Ernesto Paglia durante entrevista no Conversa com Bial; jornalista será convidado do Legião Estrangeira (foto: Reprodução/Globo)

Dispensado pela Globo no final do ano passado, o jornalista Ernesto Paglia vai participar do programa Legião Estrangeira, da TV Cultura, nesta quarta-feira (8). Apresentada por Alberto Gaspar, que também deixou a emissora líder em 2021, a atração irá debater a escalada de violência entre palestinos e israelenses, na Cisjordânia; a proposta feita pelo Brasil, o “clube da paz”, para encerrar a Guerra da Ucrânia; e a invasão de gestantes russas buscando cidadania na Argentina. Para discutir os assuntos propostos, participam da próxima edição do Legião Estrangeira, além do ex-repórter da Globo, o também jornalista argentino Carlos Turdera, ambos diretamente do estúdio da Cultura, e a americana Mary Millinken, chefe do escritório da Reuters, direto de Los Angeles. A atração será exibida a partir das 22h (horário de Brasília), depois do Jornal da Cultura.

Uma das maiores carreiras do jornalismo da Globo, Ernesto Paglia deixou a emissora no final de 2022. Contratado desde 1979, o comunicador teve uma história de 44 anos no canal. Fez grandes coberturas, ajudou o time da GloboNews a lançar o canal em 1996 e foi correspondente em Londres duas vezes. O repórter é casado com Sandra Annenberg, apresentadora do Globo Repórter, desde 1994. Em um comunicado, Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo, relembrou a história do colega. “Filho de mãe argentina e pai italiano, também jornalista, Paglia se formou na USP e chegou à Globo em 1979, por indicação de Carlos Monforte [jornalista]. O início foi no turno da madrugada, mas em pouco tempo, depois de emplacar reportagens no Jornal Nacional, Paglia ganhou um quadro no Bom Dia São Paulo. Batia à porta de personalidades bem cedo, montava o set e se preparava para entrevistas ao vivo, durante o café da manhã”, relatou o executivo, na ocasião.

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O chefão da empresa carioca pontuou uma trajetória imensa no Jornalismo. “Destacou-se rapidamente. Participou de coberturas emblemáticas no início da década de 80: greves do ABC, visita do Papa João Paulo II, Diretas Já. Convidado para o Globo Repórter em 1983, Paglia levou prêmio internacional com um programa, roteirizado por Fernando Gabeira, sobre o cacique Mario Juruna, então o primeiro indígena eleito deputado federal”, disse. “Foi correspondente em Londres duas vezes. A primeira delas, de 1986 a 1989. Numa época de grandes transformações no cenário geopolítico, gravou com líderes mundiais, como Gorbachev e Margaret Thatcher. Acrescentou ao currículo o jornalismo de guerra, com reportagens no Iraque, durante o conflito sangrento contra o Irã. Cobriu a Segunda Intifada e a invasão americana ao Afeganistão. A prisão de Slobodan Milosevic e a libertação de Nelson Mandela. A Rio-92 e o avanço do desmatamento na Amazônia, em anos recentes”, declarou o diretor.

Ali Kamel destacou uma trajetória de mais de quarenta anos na empresa. “Nas últimas quatro décadas, o público brasileiro se acostumou a ser bem informado por Ernesto Paglia, sempre com inteligência e sensibilidade. Ele passou por todos os telejornais e fez parte do time que lançou a Globonews, em 1996. Teve uma segunda temporada no Globo Repórter. Foi um dos 16 repórteres escolhidos para falar dos 50 anos do jornalismo da Globo, na série do Jornal Nacional exibida em 2015”, contou. “Depois de quase 44 anos, anuncio com esse e-mail que Paglia encerra no dia 31/12 sua trajetória na Globo. Termina o ciclo de um repórter brilhante, referência para todos nós. O filho do Gerardo e da Haida; o pai do Bernardo, do Frederico e da Elisa; o marido da Sandra; o Bochecha, como era chamado na infância, um colega gentil e acolhedor. E deixará um legado irretocável”, finalizou.

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