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FIM DE CONTRATO

Cléber Machado se manifesta após demissão da Globo: “Está tudo bem”

Cléber Machado quebrou o silêncio após demissão da Globo (foto: Globo/Daniela Toviansky)

Demitido da Globo após 35 anos de contrato, Cléber Machado quebrou o silêncio e se pronunciou pela primeira vez sobre a saída do conglomerado de comunicação. Em seu perfil em uma plataforma de fotos, que é fechado, o principal narrador de jogos de times paulistas agradeceu aos seguidores pelo carinho. A demissão do jornalista acontece em meio a um processo de reestruturação do departamento de Esportes da companhia, que na semana passada já havia dispensado Jota Júnior, que atuava no SporTV e Premiere, na TV por assinatura.

“Obrigado a todos pelo carinho de sempre. Está tudo bem”, disse o comunicador na ferramenta Stories de uma plataforma de fotos. O jornalista começou na emissora em 1988. Ele integrou a equipe que participou da implantação da antiga TV Vale do Paraíba, atualmente TV Vanguarda, afiliada da rede em São José dos Campos (SP). Na época, ele atuava nos blocos locais do Globo Esporte e do Esporte Espetacular de São Paulo. A carreira como narrador de futebol na Globo começou 1989, numa partida da Copa do Brasil em que o Corinthians venceu o Tiradentes de Brasília por cinco a zero.

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“Depois, narrei um amistoso entre Uruguai e Inglaterra, numa quarta-feira à tarde, um pouco antes da Copa. E ganhei um lugar no time da Copa. Eu narrei a Copa de 1990. Oliveira Andrade e eu ficamos no Brasil, e Galvão Bueno foi para a Itália”, disse Cléber Machado em depoimento ao projeto Memória Globo. Na mesma época, ele narrou pela primeira vez uma corrida de Fórmula 1, o Grande Prêmio do México, disputado no circuito Hermanos Rodriguez. O locutor se mudou a capital paulista em 1991, para trabalhar na Redação da Globo São Paulo. Foi apresentador do Globo Esporte até 1996, quando passou a apresentar o bloco de Esporte nas duas edições do SPTV e no Jornal da Globo.

A saída de Cléber Machado aconteceu após alguns anos perdendo espaço dentro da emissora, como por exemplo, ficando de fora da equipe que viajou para a transmissão da Copa do Mundo do Catar, em 2022. O narrador também deixou de ser a preferência da empresa para comandar as transmissões das finais da Copa do Brasil, que em suas últimas três edições teve o nome de Luís Roberto como responsável pela cobertura. Renato Mauricio Prado, ex-comentarista do SporTV e fundador do jornal Extra, afirmou que a emissora se prepara para fazer em abril “o maior corte de funcionários de sua história”.

“O que está havendo aí, sei de informação de gente lá de dentro. Fui diretor do Grupo Globo. Como a gente chamava antigamente, isso é um grande passaralho. Vai ser o maior passaralho da história da Globo”, disse Renato Mauricio Prado. “E outra coisa, vem muito mais gente pesada caindo por aí. Isso aí vai até abril, uma decisão que considerei inacreditável em termos empresariais. Você não demite as pessoas por conta-gotas. Se você decide fazer um corte grande, aí é outra discussão, esse corte tem que ser feito num dia só. Porque você causa o trauma, mas no dia seguinte as pessoas que ficaram sabem que a vida tem que seguir”, disse Mauricio Prado ao UOL News Esporte.

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