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VÍTIMA DE CORTE

Leila Sterenberg publica relato após demissão da GloboNews: “Me emocionei”

Imagem com foto da jornalista Leila Sterenberg no cenário da GloboNews
Leila Sterenberg no cenário da GloboNews; jornalista foi demitida após 25 anos (foto: Reprodução)

Uma das apresentadoras que há mais tempo estava no ar na GloboNews, Leila Sterenberg usou seu perfil nas redes sociais para falar sobre sua demissão após 25 anos no canal de notícias. Em um longo texto na legenda, a jornalista compartilhou com os seguidores em uma plataforma de fotos o último registro como âncora do Especial de Domingo. “O resto da minha vida começou ontem, quando passei o crachá pela derradeira vez na catraca da emissora, no Jardim Botânico”, desabafou.

O que você precisa saber

  • Dispensada pela Globo após 25 anos, Leila Sterenberg abriu o jogo sobre sua saída da emissora;
  • O resto da minha vida começou ontem, quando passei o crachá pela derradeira vez”, afirmou a jornalista;
  • Em sua despedida, fazendo uma associação com o slogan da GloboNews, ela disse que a sua energia “nunca desliga”.

“Me emocionei com as inúmeras manifestações de carinho, nessa despedida, por parte de amigos, companheiros de trabalho e desconhecidos, que me escreveram por aqui e por outras redes. Obrigada! Obrigada também a meus (agora ex) chefes e colegas, por terem proporcionado que eu fizesse tantas coisas nessas últimas décadas. Aprendi alemão para fazer os programas sobre ‘o país da Copa’ de 2006. Fiz a linda série ‘Um Século Arquitetura’, em 2007. Outra com sobreviventes do Holocausto, em 2009. Um Especial na Polônia em 2011 e, no mesmo ano, a cobertura da Europália em Bruxelas (sozinha com uma câmera, microfone e tripé)”, relembrou ela.

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“Em 2012, a aventura foram vários programas e matérias pro ‘Ano da Alemanha no Brasil’ (com entrevistas no idioma). Em 2014, fiz uma grande reportagem sobre o primeiro genocídio do Século XX, na Namíbia. Em 2016, dirigi ‘Cartas da Bessarábia’, doc no Globoplay (vejam!). Em 2015 e 2017, fui à França pra dois Cidades e Soluções sobre a COP e a One Planet Summit (novamente só minha câmera e eu). Em 2021, a convite do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, fui, junto com cientistas políticos de uns 10 países, observadora das eleições (que cobri com um celular e um tripé de blogueira)”, continuou a ex-apresentadora da GloboNews.

“No ano passado, em 8 dias no Japão (com o mesmo ‘equipamento’), fiz duas reportagens, entradas ao vivo (Japão na Copa!) e um Cidades. Fora que minha loucura por línguas seguiu adiante: aprendi italiano suficiente pra traduzir o Papa e meu russo incipiente rendeu uma entrevistinha este ano. Valeu, galera. Acho que me tornei uma profissional razoável e fiz amigos maravilhosos, além de ter podido trabalhar com alguns dos melhores jornalistas do nosso país. Muito orgulho. E vamos que vamos. Já estou inventando os próximos episódios dessa saga. Chag Pessach Sameach atrasado (que o mar se abra na minha travessia!) e Boa Páscoa (com o renascimento de que todos precisamos). Um abraço apertado a todos os que aqui me leem, com essa minha energia que ‘nunca desliga’”, concluiu.

Considerada como um dos nomes mais versáteis da GloboNews, Leila Sterenberg foi demitida do canal de notícias da Globo no início da noite da última terça (4). Na emissora desde 1998, ela fez parte da história cobertura dos ataques de 8 de janeiro –em que a própria líder de audiência recorreu ao sinal de seu braço noticioso da televisão por assinatura– e era vista como um dos nomes mais importantes da estrutura da empresa, muito por conta de sua fluência em diversos idiomas e capacidade de improvisação. Seu alto salário, no entanto, foi determinante para a sua demissão.

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