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PIADA SOB JÚDICE

Léo Lins vira alvo de censura judicial e é proibido de deixar São Paulo após saída do SBT

Foto de Léo Lins
Léo Lins foi censurado pela Justiça de São Paulo (foto: Divulgação/SBT)

Quase um ano após a demissão de Léo Lins do SBT após uma piada com uma criança com hidrocefalia se espalhar nas redes sociais, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) ordenou que o humorista remova de suas plataformas digitais um especial de comédia que havia sido publicado no final de 2022 e tinha mais de três milhões de visualizações. Além disso, o comediante não poderá mais fazer piadas sobre determinados temas e está impedido de deixar São Paulo por mais de dez dias sem ter autorização judicial.

O que você precisa saber

  • Demitido do SBT há quase um ano, Léo Lins continua na mira da Justiça por conta de uma piada com uma criança com hidrocefalia;
  • O humorista foi obrigado a apagar de todas as plataformas digitais um especial de stand-up publicado originalmente no final de 2022;
  • Além disso, ele está proibido de fazer novas piadas com uma série de pessoas, como crianças, adolescentes e mulheres;
  • O comediante também não poderá deixar a cidade de São Paulo por mais de dez dias sem receber prévia autorização judicial.

A decisão foi tomada pela juíza Gina Fonseca Correa que atendeu a uma solicitação do Ministério Público de São Paulo, que alegou que o comediante estava “reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”, abordando temas como escravidão, perseguição religiosa, minorias, pessoas idosas e com deficiências em suas piadas.

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A informação foi dada pela Gazeta do Povo e reproduz que a decisão da juíza proíbe o comediante de publicar, transmitir ou mesmo manter em seus dispositivos qualquer tipo de arquivo que contenha conteúdo depreciativo ou humilhante relacionado a raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável.

Léo Lins é obrigado a remover todo e qualquer conteúdo que mencione esses grupos, e está proibido de mencioná-los em futuras apresentações de stand-up. Caso o comediante não apague, a multa é de R$ 10 mil diários. A magistrada também proibiu que o ex-contratado do SBT deixe a cidade de São Paulo por mais de dez dias sem autorização judicial.

“Eu não posso ficar fora de São Paulo por mais de dez dias sem autorização, tenho que ir uma vez por mês lá dar um parecer das minhas atividades. Quem ouve isso parece que se trata de um traficante internacional, um homicida que foi solto. Com essa justificativa [da Justiça] para derrubar o meu show, você remove 98% dos shows de stand-up. Se você pegar os especiais de comédia, você vai achar piadas com cegos, anões, mulheres, carecas… Com essa justificativa não vai ficar nada. Muito embora eu creia que isso será revertido”, declarou ele em conversa com o site.

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