Ciro Bottini comentou a falência da operação televisiva do Shoptime, primeiro canal de vendas da TV paga no Brasil, e que o alçou a repercussão nacional desde 1995 — a emissora vai encerrar suas operações nas operadoras de TV por assinatura e nas antenas parabólicas a partir do dia 1º de junho.
O que você precisa saber
- Maior estrela da história do Shoptime, Ciro Bottini relembrou o auge do canal de vendas;
- “Ficava horas e horas no ar, 40 minutos vendendo o mesmo produto. Deu muito certo nos dez primeiros anos”, relembrou;
- A emissora encerrará suas operações nas operadoras de TV por assinatura e nas antenas parabólicas em 1º de junho.
“Ficava horas e horas no ar. Às vezes, ficava meia hora, 40 minutos vendendo o mesmo produto. No ponto eletrônico, falavam: ‘Está vendendo bem, fala mais’. Nós nos divertíamos muito fazendo o Shoptime. Na época, CD era muito desejado, as pessoas amavam comprar. E eu vendia coletâneas, recebia artistas no estúdio, o pessoal tocava. Deu muito certo nos dez primeiros anos. Um canal de vendas tem tudo para ser chato, mas nós não deixávamos isso acontecer”, afirmou em conversa com O Globo.
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O comunicador também afirmou que o canal foi uma inovação ao mercado e lamentou o fim das operações. “Tenho um carinho enorme pela marca, pelo modelo e por tudo que fizemos. Fiquei lá por quase 30 anos. Foi totalmente disruptivo quando surgiu, não havia nada nem parecido. A gente criou do zero. Devo muito da minha trajetória profissional ao fato de ter trabalhado no Shoptime”, relatou Ciro Bottini em conversa com o NaTelinha.
A decisão do Shoptime em deixar as transmissões de operadoras como Sky e Claro e via satélite está ligada ao processo de recuperação judicial pela qual passa sua proprietária. Os custos para manter o sinal em uma das principais operadoras de TV e no satélite StarOne D2 são muito altos. Em fevereiro, os escritórios de advocacia Zveiter e Bruno Rezende, administradores judiciais da Americanas S.A., informaram à 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que a dívida total do grupo soma R$ 47,9 bilhões. A lista de credores conta com 7.967 nomes.