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FLÁVIA JANNUZZI

Ex-repórter da Globo critica postura da emissora com demissões: “Horroroso”

Imagem com foto da repórter Flávia Jannuzzi durante cobertura do Réveillon 2022
Flávia Jannuzzi durante cobertura do Réveillon 2022; ex-repórter ficou traumatizada com demissão da emissora (foto: Reprodução/Globo)

Ex-repórter da Globo no Rio de Janeiro, Flávia Jannuzzi foi uma das profissionais atingidas pela demissão em massa de abril. Contratada da emissora por 25 anos, ela trabalhou por 16 deles produzindo reportagens para os telejornais locais e nacionais, como RJ2, Jornal Nacional e Jornal da Globo, e cobriu eventos importantes como o Carnaval e o Rock in Rio. Em entrevista, a comunicadora relatou que a saída da empresa foi “traumática” e “horrível”. Até hoje ela não teve coragem de voltar na sede do canal para buscar seus itens pessoais.

O que você precisa saber

  • Flávia Jannuzzi foi uma das profissionais atingidas pela demissão em massa da Globo em abril;
  • Ex-repórter do Rio de Janeiro, ela se mostrou traumatizada com a forma como a empresa fez os desligamentos;
  • A jornalista já pensava em pedir demissão em razão da falta de crescimento e uma “política de relações”.

Em conversa com o UOL, Flávia Jannuzzi relatou que uma lista de nomes de colaboradores que seriam demitidos começou a circular entre os funcionários em um aplicativo de mensagens e ela só soube que seria dispensada porque de repente pessoas próximas começaram a se despedir dela. “No dia das demissões eram bolinhos de pessoas, ninguém trabalhando, todo mundo chorando. Os colegas iam sendo chamados um a um pra serem demitidos. Parecia uma lista de Schindler ao contrário, uma coisa horrorosa, [estavam] sendo abatidos pouco a pouco. Tem colegas que saíram de reportagens para serem chamados e foram demitidos fazendo reportagem. [Era] um clima horroroso, um clima de funeral”, disse ela.

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O repórter Eduardo Tchao, que também foi demitido pela Globo em abril, afirmou em entrevista que foi dispensado enquanto produzia uma reportagem. Ele classificou a situação como “chata” e “constrangedora”. “A forma como tudo aconteceu foi muito fria. Eu tive uma vida dedicada à emissora. Como todo jornalista que se empenha na profissão e que acredita no propósito que ele tem que cumprir, eu me dediquei muito, foram muitas renúncias. Teve muita entrega. Me dediquei demais a uma emissora que me descartou como se eu fosse um número e eu fui só mais um número”, lamentou Flávia Jannuzzi.

Flávia Jannuzzi ficou traumatizada

Flávia Jannuzzi disse que já estava insatisfeita com o trabalho na empresa e pensava em pedir demissão. Os principais motivos seriam a falta de crescimento profissional e o que ela descreve como uma “política de relações”. Ela, no entanto, diz que a demissão foi traumática e ainda não conseguiu voltar na sede do grupo de comunicação para buscar seus pertences. “Eu não tive estômago de voltar na redação. Eu não consigo passar pelo Jardim Botânico ainda. Me dá um mal-estar, um negócio que eu não consigo dizer o que é. Eu ainda não superei, mas vou superar”, concluiu a ex-repórter da Globo.

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