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INTER TV

Sede da Globo é alvo de vandalismo com mensagens de ódio

Imagem com foto do momento em que sede da Inter TV, afiliada da Globo, é alvo de vandalismo no Rio de Janeiro
Sede da Inter TV, afiliada da Globo, foi alvo de vandalismo no interior do Rio de Janeiro (foto: Reprodução)

A Inter TV, afiliada da Globo em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, foi alvo de vandalismo com mensagens de ódio. Na manhã da última segunda-feira (31), funcionários do canal local se depararam com diversas pichações na fachada do prédio quando chegaram para trabalhar, por volta das 7h. Por volta das 4h38, imagens de câmeras de segurança do local flagraram o momento em que uma pessoa, aparentemente uma mulher, chega no local e começa a pichar o portão e as paredes.

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O delegado Henrique Pessoa, titular da 151ª DP de Nova Friburgo, disse que a equipe da Polícia Civil está analisando as imagens para dar prosseguimento nas investigações. No começo da semana, uma equipe da polícia esteve no prédio da parceira da Globo e a perícia já foi acionada para analisar o local. Segundo as autoridades, o crime cometido consta no artigo 163 do Código Penal, que prevê pena de detenção, que pode variar de um a seis meses, ou multa, para quem destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia.

Conforme o delegado, o dano, nesse caso de ataque contra a afiliada da Globo, é qualificado porque foi contra uma concessionária que presta serviço público. Em comunicado, a Inter TV disse que “repudia qualquer tipo de ataque e considera que um ataque a um veículo de comunicação é um ataque a toda imprensa e liberdade de imprensa”.Além disso, a empresa de comunicação disse “está empenhada, junto às autoridades, à Polícia Civil, na identificação da pessoa responsável pelo vandalismo”.

Entidades repudiam violência contra afiliada da Globo

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro repudiou o ato de vandalismo contra a emissora. O presidente do órgão, Mário Sousa, disse que vai pedir apoio das autoridades para apurar o fato. Leia na íntegra:

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro vem a público lamentar e condenar veementemente a violência, a intimidação, a agressividade, o vandalismo, com mensagens de ódio, através de pichações na sede da Inter TV em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, atingindo profissionais de jornalismo da Emissora e a própria TV.

É inaceitável e inconcebível qualquer ato de violência contra jornalista no seu direito constitucional, democrático e cidadã de informar a população.

O Sindicato dos Jornalistas está encaminhando e solicita apoio da Comissão de Direitos Humanos da OAB do RJ, dos órgãos públicos de Segurança para apurar, denunciar e punir os vândalos sobre este atentado à liberdade de Imprensa.”

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também divulgaram comunicado:

“A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entidade centenária na defesa do Estado Democrático de Direito e na luta pela Liberdade de Opinião, por meio de sua Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos e a Federação Nacional dos Jornalistas FENAJ, vêm a público repudiar com veemência os ataques de ódio – através de pichações – ocorridos na madrugada desta segunda-feira (31/07) na fachada da Inter TV, uma afiliada da Rede Globo, em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro.

Ao mesmo tempo em que a Comissão LI & DH da ABI e a FENAJ se solidarizam com os profissionais atingidos e a emissora, exigem que o Governo do Estado do Rio de Janeiro, bem como o Ministério Público Estadual, tomem medidas urgentes para que atos criminosos como esse, provocados pelo clima de intolerância plantado no país nos últimos anos, sejam devidamente investigados.

A ABI e a FENAJ entendem que os responsáveis por mais esse ataque a jornalistas e à emissora de TV – logo, à Liberdade de Imprensa como um todo – devem ser identificados e punidos de acordo com a legislação em vigor, para que sirvam de exemplo e desestimulem toda essa campanha de ódio contra os profissionais de comunicação. Relembramos que não há democracia sem o respeito à Liberdade de Imprensa, um direito de todos os cidadãos.”

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