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LUCIANA MARIANO

Narradora da ESPN diz que ganha na emissora o mínimo para sobreviver

Foto de Luciana Mariano na ESPN
Luciana Mariano falou sobre carreira de narradora na ESPN (foto: Reprodução/Internet)

Pioneira na televisão brasileira como narradora ainda nos anos 90, Luciana Mariano trabalha na ESPN. A comunicadora relatou que não quer que as mulheres que se inspiram nela tenham a impressão errada sobre a carreira no esporte.

“Eu não tenho uma vida confortável e não é problema nenhum dizer isso. Aliás, é um favor que eu faço (em dizer), porque eu não quero que as meninas mais novas tenham uma impressão errada do que acontece. Nunca ganhei dinheiro como narradora”, declarou. “É ruim dizer isso. Mas eu só comecei a ganhar, para ter um mínimo necessário para sobreviver, agora, na ESPN. Ou seja, de 2018 para cá”, contou ao Tomando Uma Com.

Em 2023, Luciana Mariano relatou que deixou a narração por falta de espaço. A comunicadora pontuou que um repórter foi promovido a narrador e ela foi rebaixada. 20 anos depois, a jornalista comemorou o espaço conquistado pelas mulheres no esporte. “Eu nunca abandonei a profissão, mas a narração eu tive de abandonar não porque eu quis, mas porque não me deram chance”, detalhou.

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“Promoveram um repórter a narrador e me rebaixaram de narradora para repórter só porque eu era mulher, mas não aceitei. A partir daí eu passei a ter um programa. Fiquei durante todo esse período sem narrar, só voltei em 2018, foram 19 anos sem narrar porque não tinha oportunidade”, disse ela em conversa com o UOL. A comunicadora, que atualmente está na ESPN, declarou que ainda tem planos dentro dessa carreira. “Ainda sonho narrar uma decisão olímpica do futebol feminino, sonho narrar uma decisão do futebol feminino no Mundial, uma Copa do Mundo”, contou Luciana Mariano.

A narradora relatou que começou na função por insistência de Mauro Beting. “Foi um acidente de percurso, na minha cabeça isso não existia, porque não tinha nenhuma mulher que narrava, eu nunca tinha visto, nunca tinha ouvido, então simplesmente não existia (…) Eu tinha já uma vivência no futebol com o jornalismo esportivo, mas a narração foi realmente uma surpresa. O jogo [que narrou pela primeira vez] eu não lembro, mas lembro que era um torneio de clubes de futebol feminino de São Paulo e do Rio de Janeiro”, disse.

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