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O ESPIGÃO

Depois de 50 anos de censura, Globo resgata novela que irritou setor imobiliário

Foto de Susana Vieira em O Espigão
Susana Vieira foi uma das estrelas de O Espigão (Foto: Divulgação/Memória Globo)

Mais uma trama polêmica e que deu o que falar da Globo entrou no catálogo do Globoplay através do projeto Fragmentos. O Espigão, que foi ao ar originalmente em 1974, ganhou quase que todos os seus capítulos no streaming, com exceção de um episódio – o 28 – que não estava disponível no arquivo da emissora. A trama foi uma das mais polêmicas da época no canal e sofreu com a censura da Ditadura Militar (1965-1984) em duas ocasiões.

De acordo com o Notícias da TV, Milton Moraes (1930-1993) interpretou o protagonista Lauro Fontana, um empresário do ramo hoteleiro que passa a infância em um orfanato e quando cresce tem a oportunidade de dar o golpe do baú em uma ricaça. Ele consegue multiplicar o dinheiro e constrói um grande hotel de 50 andares, por isso o nome espigão, dado a prédios grandes na época que a novela da Globo foi ao ar. O personagem principal escolhe um terreno em Botafogo, no Rio de Janeiro, em que ficava uma mansão. O imóvel pertencia a quatro irmãos, e três deles não queriam vendê-lo, mas um queria.

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A polêmica de O Espigão tomou conta do setor imobiliário na época, principalmente pelo fato da novela tratar de questões sobre preservação ambiental. Sérgio Dourado (1930-2018) era dono de vários empreendimentos cariocas e amigo da família Marinho, e achou que a trama era inspirada em sua vida. Ele não gostou nada das coincidências entre o personagem principal e sua própria vida.

A Globo teve que lidar com uma série de proibições na época do lançamento de O Espigão. O autor Dias Gomes (1922-1999) teve que mudar a história de Lauro, transformando o prédio de apartamentos em um hotel. Além disso, sua reprise foi proibida pela Censura Federal em 1982 por excesso de cenas violentas. O setor empresarial também teria pressionado a Globo para evitar a reprise da trama.

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