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Globo inicia gravações da nova versão de Pantanal na região Centro-Oeste

Almir Sater está no elenco da nova versão de Pantanal; Globo vai gravar cenas da novela em uma das fazendas do cantor (foto: Reprodução)
Almir Sater está no elenco da nova versão de Pantanal; Globo vai gravar cenas da novela em uma das fazendas do cantor (foto: Reprodução)

A Globo iniciou oficialmente as gravações em externas da nova versão de Pantanal, prevista para entrar no ar em 2022 substituindo Um Lugar ao Sol na faixa das 21h. De acordo com informações do colunista Flávio Ricco, do portal R7, a líder de audiência começou as filmagens da história de Benedito Ruy Barbosa, que terá adaptação de Bruno Luperi, em locações da região Centro-Oeste.

Os protagonistas da primeira fase de Pantanal serão interpretados pelos atores Renato Góes, como José Leôncio, e Bruna Linzmeyer, como Madeleine. Na segunda fase, o papel de José Leôncio será do ator Marcos Palmeira. A Globo já fechou todo o elenco do folhetim, incluindo as participações especiais.

As equipes da novela ficarão hospedadas em duas fazendas e dois hotéis durante os trabalhos das externas na região Centro-Oeste. Uma das propriedades que serão usadas pela Globo pertence ao cantor Almir Sater, também está escalado para a novela. Sater vai viver um barqueiro e terá cenas com o filho, Gabriel Sater, que fará o seu papel da primeira versão. O músico também vai produzir a trilha sonora.

Globo não vai reaproveitar trilhas da primeira versão de Pantanal

A nova versão de não contará com as trilhas do músico Marcus Viana. Em entrevista para a colunista Marcelle Carvalho, do UOL, o compositor afirmou que até agora a emissora carioca não o procurou para solicitar a liberação para a reutilização das músicas que fizeram sucesso na versão original do folhetim da TV Manchete de 1990. A trama foi escrita por Benedito Ruy Barbosa.

“Ninguém da Globo me procurou. Há milhões de profissionais na emissora para fazer [a trilha]. Também acho que já que é um remake tem que ter o novo. Não acredito que queiram repetir essa música (da aberta da novela) inclusive. É um desafio muito grande, um mundo completamente novo. Agora, a música tem um poder impressionante. Temos que lembrar o seguinte: quem viu a novela aos 15 anos, está com 45, quem tinha 30, agora, está com 60. E o povo novo não viu e é essa galera que vai fazer dar certo ou não. E, de repente, uma outra trilha pode não falar para os antigos, mas para o cara novo vai ser incrível”, disse o artista.

Na entrevista, Marcus Viana conta que fez sozinho toda a produção das músicas que marcaram os 216 capítulos de Pantanal. “A gente não imaginava a repercussão que a novela daria. A audiência chegou a 45 pontos, deixando a Globo em polvorosa. A obra era mais que uma ode ao Pantanal, ela falava do ser humano e seus dramas, paixões imersos na onipotência da natureza. Tentei traduzir isso na trilha. E o fato de eu tocar instrumentos de corda, ajudou a fazê-la bem diferente da música do dia a dia da novela, que era com a viola. Justamente por isso, eu acabei fazendo toda a orquestra, toquei uns 15 violinos diferentes, violoncelos… Tocava tudo”, conta o profissional.

Marcus Viana conta que Jayme Monjardim, que dirigiu a novela, estava procurando uma música para a abertura de Pantanal, e que ele, sem maiores pretensões, fez uma trilha e enviou para o diretor. Sua intenção, caso a melodia fosse aprovada, seria gravar a versão final com Milton Nascimento. “Não tive uma encomenda para música de abertura. Um dia, Jayme me disse que estavam tendo dificuldade em encontrá-la. Então, fiz e mandei para ele com a minha voz. Minha intenção era, se aprovada, chamar Milton Nascimento para cantar. Vinte dias se passaram e nada de eu ter o retorno. Até que liguei para Jayme, a secretaria atendeu e me disse que a música já tinha entrado”, relembra Viana: “Tentei argumentar com Jayme que queria dar uma roupagem melhor, que era apenas uma demo. Mas ele a quis daquele jeito mesmo”, relembrou.

Para compor as músicas, o músico chegou a assistir 47 fitas VHS que eram enviadas pela equipe de produção com cenas captadas na região do Pantanal.  “Isso foi muito doido (risos). Todo mundo ia pro Pantanal nadar pelado, menos eu. Eles me mandavam as fitas e eu via: Pantanal de chalana, avião, vida na fazenda… Cheguei a ver 47 VHS! Ficava compondo assistindo a isso”, explicou.

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