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PILOTO LICENCIADO

William Waack explica queda de avião da cantora Marília Mendonça

Imagem do apresentador William Waack no Jornal da CNN
William Waack explicou queda de avião da cantora Marília Mendonça (foto: CNN Brasil/Reprodução)

Piloto licenciado, o âncora William Waack explicou na CNN Brasil nesta sexta-feira (5) sobre a queda do avião que levava a cantora Marília Mendonça (1995-2021) para um show no interior de Minas Gerais. O jornalista, por meio de um simples cálculo, disse que a aeronave voava baixo no momento em que se chocou com fios de alta tensão. “Nós estamos falando de um King Air 90. É considerado um avião de extraordinário êxito na aviação executiva e na aviação geral. Ele está aí há mais de meio século. É um avião, portanto, muito bem apreciado, um avião considerado de fácil e dócil pilotagem, ele tem grande aceitação no Brasil porque é capaz de pousar, de operar em pistas curtas, pistas mal preparadas. Portanto, é uma boa aeronave”, explicou o âncora.

O apresentador do Jornal da CNN mostrou que a distância Goiânia (GO) e Caratinga (MG), cidade onde deveria pousar, é de 826 quilômetros. No entanto, o alcance do King Air 90 é de pelo menos o dobro disso. “É uma aeronave considerada não exatamente das mais velozes, mas muito confiável”, disse Waack. Ele também disse que a pista do aeroporto da cidade mineira não é exatamente curta, mas não é extensa o suficiente para dar tranquilidade aos pilotos das aeronaves. “A gente tem que considerar que Caratinga está a 2 mil pés de elevação, em torno de 700 metros, isso afeta já a performance de qualquer aeronave, sobretudo quando faz calor”, continuou.

“Vocês estão vendo os morros em volta dessa pista? Piloto nenhum gosta disso. Esportivamente falando, é divertido pros pilotos, digamos, toda série de manobras necessárias para ter um pouso seguro, calculado e estável, levando em consideração a topografia. A topografia de Caratinga não é das mais favoráveis para avião nenhum”, disse William Waack. “Qual é o problema? Exatamente no ponto em que as aeronaves costumam ficar alinhadas com o eixo da pista, que é onde ele caiu, há fios de alta tensão”, revelou ele. Segundo o apresentador, pilotos costumam fazer um cálculo para saber a altitude de quando devem estar para posar.

“É um fato do qual a gente não pode fugir: esse avião estava em um ângulo de descida um pouco mais baixo do que seria o ângulo de descida ideal. Qual é a razão de o piloto ter escolhido essa aproximação numa rampa mais baixa? Esse é um ponto importante para a investigação”, explicou. “O fato é que ele estava em uma rampa mais baixa, em um lugar talvez… Isso aí os pilotos falam por experiência própria, conversamos com os pilotos que operam em Caratinga, é um aeroporto que exige um bom conhecimento da localidade. É impossível escapar da emoção que isso daí causa”, finalizou.

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