Conhecida por interpretar Bozena no seriado Toma Lá, Dá Cá (2007-2009), Alessandra Maestrini afirmou ter se arrependido de participar das manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2015 e 2016. Em entrevista ao podcast Flow News, ela declarou ter sido “manipulada pela mídia” à época e reconheceu que errou ao apoiar a derrubada da petista. Segundo a artista, o processo foi conduzido de forma injusta e com argumentos frágeis.
Durante a conversa, Alessandra Maestrini criticou a condução da mídia na cobertura da Lava Jato (2014-2021) e disse ter acreditado que apoiar o afastamento de Dilma era uma forma de combater a corrupção. “Participei dos movimentos para derrubá-la, e só depois entendi que foi um erro meu”, afirmou. Para ela, as pedaladas fiscais usadas como justificativa foram praticadas por outros presidentes sem consequências semelhantes.
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Nesse sentido, Alessandra Maestrini defendeu que o impeachment foi “manipulado” e que o episódio abriu caminho para a ascensão da extrema-direita no Brasil. “Derrubaram ela com coisas que todos os ex-presidentes tinham feito”, disse. Ela também destacou o crescimento de grupos neonazistas no país durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e mencionou seu videoclipe Omito, criado como crítica política e publicado em suas redes sociais.
Dados citados por Alessandra Maestrini são confirmados por estudo da antropóloga Adriana Dias, que mapeou o crescimento de 270,6% de células neonazistas nos três primeiros anos da gestão Bolsonaro. O estudo aponta que esses grupos se espalharam com o fortalecimento de discursos de ódio contra mulheres, negros e a população LGBT+.
Além disso, Alessandra Maestrini afirmou ainda que tem recebido ataques de ambos os lados do espectro político desde que passou a se posicionar. “Levo pancada de todo lado, mas não me importa”, declarou. Ela também afirmou que teve sua imagem manipulada à época dos protestos, sendo associada a artistas que apoiaram Bolsonaro. “Editaram e puseram junto com outros artistas que realmente eram apoiadores [de Bolsonaro]”, disse ela.