VICENTE VARELA

Horas antes de demissão, chefão do SBT fez promessas para salvar serviço de streaming

Executivo havia falado sobre as mudanças no catálogo do +SBT, mas acabou engrossando a lista de diretores dispensados da emissora no mesmo dia das declarações

Foto do executivo Vicente Varela
Vicente Varela foi demitido do SBT (foto: Divulgação/SBT)

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O +SBT completará um ano na terça-feira (19) com uma mudança significativa na estratégia de conteúdo. Depois de ajustes feitos recentemente, o serviço passou a concentrar sua oferta em três pilares: novelas, programação infantil e produções próprias. “Não adianta eu tentar ser o melhor app de filmes e séries, porque eu não entrego isso nem no meu linear. Eu não vou ser isso no meu streaming”, afirmou Vicente Varela, então superintendente de negócios, marketing e comercialização do SBT, durante o +TV Forum, horas antes de ser dispensado pela emissora.

Segundo Varela, a reformulação trouxe resultados expressivos. O +SBT registra crescimento médio de 10% ao mês e já acumula mais de 400 milhões de reproduções. A maior parte do consumo vem da transmissão simultânea da TV aberta, que representa 65% do uso. “Isso mostra o potencial do consumo do SBT fora de casa”, explicou o agora ex-executivo. Além do simulcast, o serviço oferece canais FAST e conteúdo sob demanda.

A concentração nos pilares estratégicos também abriu espaço para explorar novas frentes “fora do app” (out of app), como o lançamento de 10 novos canais FAST para o mercado, aproveitando o acervo do SBT. “É pra isso que o SBT está entrando com todo o seu legado, com seu conteúdo infantil, com as suas novelas, aquilo que a gente pode, de forma genuína, entregar”, destacou ele. O ex-executivo do SBT reforçou o otimismo com a nova fase do serviço.

“A gente está muito feliz agora com essa mudança. Acertamos o passo e estamos fazendo de forma 100% independente e seguindo adiante”, declarou Vicente Varela, que acabou demitido horas depois, assim como Carolina Gazal, a principal mente por trás da criação do +SBT. Segundo apuração de Gabriel de Oliveira, do TV Pop, é dito que o prejuízo acumulado em apenas um ano de operações do streaming está na casa dos R$ 70 milhões, entre custos com produções originais, licenciamento de conteúdos, servidores e outras demandas técnicas.

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