Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.
MORREU EM 2008

Dercy Gonçalves combinou código com sobrinha para se comunicar após morte

Imagem com foto da atriz Dercy Gonçalves
Dercy Gonçalves combinou código para se comunicar com sobrinha após morte (foto: Reprodução)

Uma das figuras mais conhecidas da televisão brasileira, Dercy Gonçalves (1907-2008) combinou um código secreto com a sobrinha Lucy Freitas para se comunicar com a parente depois de sua morte, ocorrida em julho de 2008. A revelação foi feita no livro Minha Tia Dercy, escrito por Lucy, que tem previsão de lançamento para janeiro de 2022 pela Editora Agora É. A atriz morreu aos 101 anos decorrente de uma pneumonia grave que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória.

“Minha tia já foi de tudo. Ela foi católica, macumbeira, mística, ateia. Um pouco antes de morrer, ela chegou para mim e disse: ‘Eu quero combinar uma coisa com você, depois que eu morrer, não quero saber de ninguém me recebendo falando que mandei carta. Vou combinar uma frase que só eu e você sabemos, se eu me comunicar, vou falar'”, disse ela em entrevista à revista Quem.

Segundo Lucy, há muitas cartas psicografadas atribuídas a Dercy Gonçalves, mas até agora ninguém acertou o código combinado entre elas. “Ela tinha 101 anos e eu não esperava que ela morresse tão cedo. Ela tinha uma saúde de ferro e nunca precisou de tomar remédio para nada, nem para pressão. Não sou escritora, mas sou atriz, dramaturga, escrevo peças e roteiros. E as pessoas começaram a me cobrar, porque convivi muito com minha tia e tenho muitas histórias curiosas ao lado dela”, conta ela.

“Ela era meu ídolo. Aos 3 anos, estava na coxia e ela em cena, fazendo a Dança das Camélias. E ela deu uma piscada para mim e lembro nitidamente e eu pensei: ‘É isso aí que eu quero ser’. Era uma imagem linda dela dançando como uma fada”, recorda.

De acordo com a sobrinha, Dercy tinha uma saúde de ferro, mas ela acabou não herdando sua elasticidade. “A flexibilidade da Dercy não consigo ter não. Fiz balé até 12 anos e abandonei porque não tinha uma boa abertura. O máximo que eu conseguia era abrir as pernas um pouco além do ângulo reto. Mas a minha tia colocava a perna no rosto com 100 anos e eu com 70 não consigo chegar”, explica Lucy Freitas.

Leia mais