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IGNÁCIO IGLESIAS

Diretor da Band diz que a emissora trabalha como se fosse líder no Ibope

Ignácio Iglesias é um dos diretores da Band
O argentino Ignácio Iglesias é o diretor do game show 1001 Perguntas (foto: Rodrigo Moraes/Band)

A Band tentará escrever um novo capítulo em sua história a partir da noite desta segunda-feira (17). Sem o fantasma do Show da Fé, que afundou os índices de audiência do horário nobre por quase duas décadas, a emissora passará a ocupar a faixa de maior investimento publicitário da televisão brasileira com duas atrações de peso. Juntamente com o retorno de Faustão após seis meses na geladeira da Globo, o canal apostará também na estreia de 1001 Perguntas. “Para nós, a Band não é a quarta colocada”, afirmou Ignácio Iglesias, diretor do formato de Zeca Camargo.

Em uma conversa exclusiva com a reportagem do TV Pop, o executivo revelou que a Band trabalha internamente como se fosse líder de audiência. “Nós estamos dando uma cara nova para a Band. Juntamente com a chegada do Faustão, nós pensamos em uma mudança de cenário e fizemos essa programação. Nós mudamos isso para entrarmos na categoria A das emissoras de televisão. Nós trabalhamos aqui como se fossemos líderes, primeiros colocados, e estamos investindo com cuidado e com receio”, admitiu ele, que não quis cravar prognósticos de Ibope.

“Eu não sou nem louco de apostar audiência. Gritar o gol antes do gol acontecer dá azar, sabe? Eu não vou fazer isso, eu não estou louco. Eu sou muito supersticioso, muito pragmático, mas muito supersticioso mesmo quando falo sobre audiência. É igual jogo de futebol. Por enquanto, eu quero sair daqui todos os dias com a sensação de me divertir, de fazer algo bacana, em que o brasileiro possa ter um momento bom para se divertir ou aprender alguma coisa no final de noite”, revelou Iglesias, que já trabalhou em outros formatos da Band, como Pesadelo na Cozinha.

Ele, por sinal, já alcançou o gostinho da liderança de audiência quando era um dos executivos responsáveis pelo jornalístico A Liga, transmitido entre 2010 e 2016. “Eu dirigi A Liga, fui diretor de conteúdo de diversos programas por 12 anos. Lá, eu fui líder, ganhamos da Globo. E o mais difícil: ganhamos fazendo Jornalismo social. Mostrando a realidade, mostrando a favela, e chegamos a dar pico de 13 pontos em um episódio. Mas esse game show, o 1001 Perguntas, é diferente de tudo que eu já fiz. Ele é muito divertido, a gente morre de rir no switcher”, confidenciou.

“Esse é um programa que já existe na Argentina há um ano. É uma produção da Boxfish, do Diego Guebel, e lá se chama ¿Quién sabe más de Argentina?. Só que é focado apenas na Argentina e nós adaptamos isso para a cultura do mundo todo. O Brasil gosta disso! Nós gostamos de falar da Rihanna, da Lady Gaga e por qual motivo não faríamos algo assim aqui? O programa é depois do Faustão, tem que ser divertido. A pessoa quando vem aqui no primeiro momento, ela vem para se divertir com seus amigos. Até ex-namorados já participaram”, revelou o executivo.

Com prêmio diário de R$ 20 mil para a dupla vencedora, 1001 Perguntas permitirá que os vencedores de cada noite voltem no dia seguinte para desafiar novos participantes — podendo, em um cenário hipotético da mesma dupla participar dos 65 programas da primeira temporada, acumular um prêmio de R$ 1,3 milhão. Ignácio Iglesias, no entanto, acha que é praticamente impossível que uma dupla chegue tão longe no formato.

“A galera pira no programa! Isso que é o mais legal. As pessoas participam para ter um momento bacana juntos. É claro que tem o chamariz enorme, que são os R$ 20 mil para os vencedores. O foco é a diversão, mas lógico que tem um prêmio, e que esse prêmio acumula. Mas eu acho improvável que alguém ganhe o valor máximo… só um Google ambulante conseguiria, sabe? Se isso acontecer teremos que chamar a polícia, porque alguém certamente estará vazando informações do programa”, concluiu o executivo, aos risos.

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