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Ator de O Cravo e a Rosa critica Jade Picon em novela: “BBB não é currículo”

Imagem com foto do ator Carlos Vereza como Joaquim em O Cravo e a Rosa
Carlos Vereza como Joaquim em O Cravo e a Rosa; ator detonou escalação de Jade Picon para novela da Globo (foto: Globo/Divulgação)

No ar como Joaquim na reprise especial de O Cravo e a Rosa, Carlos Vereza criticou a escalação de Jade Picon para Travessia, novela de Gloria Perez que substituirá Pantanal na faixa das 21 da Globo. O artista tem cargo de diretor no Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro (SATED-RJ) e revelou que a organização tem intenção de impedir que a ex-BBB trabalhe como atriz sem DRT, registro exigido para atrizes e atores profissionais.

“O cara faz BBB e acha que isso é currículo. Caramba, eu fiz Shakespeare, Sófocles.. Sabe? Aí o cara faz BBB? Com todo respeito, não tenho nada contra o BBB, mas BBB não é currículo”, detonou o artista de 83 anos em entrevista ao programa TV Fama, da RedeTV!. “Seguidores não é currículo. Você tem que estudar. Vai fazer um curso, tirar o diploma, tirar o DRT. Agora o sindicato está muito firme, quem não tem DRT, não trabalha”, explicou o ator.

“Não vamos deixar, não. Essa menina deve fazer um curso de teatro, se formar… Para ser advogado, engenheiro e jornalista você não estuda? Aí a pessoa sai do Big Brother e quer entrar para fazer novela? Vá fazer uma escola de teatro para ter o DRT, aí trabalha”, detonou Vereza. Recentemente, Hugo Gross, presidente do Sated-RJ, garantiu que sem o documento Jade Picon não vai atuar na novela de Gloria Perez. “O sindicato está de olho e posso garantir: não tem registro, não trabalha”, garantiu em conversa com a jornalista Ana Cora Lima, da Folha de S.Paulo.

“Não existe nada contra a Jade Picon, particularmente, mas temos que proteger a nossa categoria. Não estamos aqui para impedir o trabalho de ninguém, mas o que não pode é uma pessoa que vem da mídia se achar no direito de tomar o espaço de um profissional de atuação. Nem que tenhamos que ir à Justiça, mas ela não vai trabalhar na novela”, disse o também ator. Em conversa com a publicação, Hugo Gross confessou que até hoje luta por trabalhos na líder de audiência.

Há 15 anos na presidência do sindicato, seu último papel na emissora foi em Aquele Beijo (2011). “Se eu não tenho seguidores, eu não posso atuar na minha profissão? Como é isso? Não tenho vergonha de assumir que continuo na batalha, sigo pedindo oportunidades e, por isso, nós vamos ficar em cima, sim. Já conversei com a emissora, notifiquei que ela não tinha DRT e me disseram que ela tinha registro de modelo. Mas registro de modelo não serve”, explicou.

Gross afirmou que a situação de Jade Picon é diferente da também ex-BBB Rafa Kalimann, que conseguiu uma permissão especial para atuar na série Rensga Hits!, do Globoplay, que ainda não tem previsão de estreia. “A Rafa Kalimann fez vários cursos de teatro ao longo de sua vida e ainda apresentou uma autorização específica para aquele determinado personagem. Cada caso é um caso e a gente sabe que isso aconteceu no passado com a Grazi Massafera, por exemplo, mas foi outra época. Não posso responder pelos meus antecessores. Hoje, o meu papel é proteger a categoria e é isso que eu vou fazer”, afirmou.

“Já conversei com presidentes de outros sindicatos e estamos fechados. Não vamos deixar mais isso acontecer. Existe um quadro com profissionais disponíveis no mercado e todos com registros. Por que não pegam esses artistas e dão trabalho? Não estamos aqui para atrapalhar a vida de ninguém, estamos para cumprir a lei. Sem registro profissional, a Jade não trabalha”, concluiu Hugo Gross.

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