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EM ENTREVISTA

Jair Bolsonaro defende verba da Lei Rouanet para “sertanejos humildes”

Imagem com foto do presidente Jair Bolsonaro cumprimentando Ratinho com um aperto de mãos
Jair Bolsonaro e Ratinho; presidente indicou que pretende fazer mudanças na Lei Rouanet caso seja reeleito (foto: Reprodução)

Jair Bolsonaro (PL) pretende fazer mudanças na Lei Rouanet caso seja reeleito presidente do Brasil nas eleições deste ano. Em entrevista, o político afirmou que quer adequar a verba para artistas mais necessitados, como “sertanejos humildes”. O chefe do Executivo também disse que muitas celebridades o odeiam por não tirarem tanto dinheiro pela lei para seus projetos.

“Nós priorizamos o artista mais de início de carreira, o artista que é sertanejo e que é mais humilde. Isso, obviamente, fez com que artistas conhecidos ficassem revoltados comigo”, disse o político em entrevista concedida ao apresentar Carlos Massa, o Ratinho, na rádio Massa FM.

“Quando eu assumi, alguns artistas podiam pegar até R$ 10 milhões por ano da Lei Rouanet, e ninguém prestava conta de nada. Mas nós, quando assumimos, mudamos para R$ 1 milhão, e eu achei caro ainda. Daí chegou o Mario Frias [ex-secretário especial de Cultura] e baixou pra R$ 500 mil, além de ter colocado critérios”, disse Bolsonaro.

Jair Bolsonaro indicou que, caso seja reeleito no pleito deste ano, quer realocar parte do dinheiro da Lei Rouanet para outras áreas. “O que são R$ 500 mil? O que alteram? Muita coisa! Acho que tem de diminuir esse valor e talvez voltar a Lei Rouanet para ciência e para tecnologia”, afirmou.

O debate sobre o uso da Lei Rouanet ressurgiu após o cantor sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticar Anitta em uma das suas apresentações. Na ocasião, o artista disse que recebia o pagamento dos seus shows com o “dinheiro do povo”, e não pela Rouanet. Após a confusão, diversos artistas que fazem shows para prefeituras começaram a ser expostos na imprensa e nas redes sociais.

Anitta desabafa e fala sobre Jair Bolsonaro: “Ele me odeia e usa meu nome”

Anitta resolveu falar abertamente sobre as ameaças que vem recebendo devido aos seus posicionamentos políticos. Assumidamente contra o presidente Jair Bolsonaro, a cantora disse em uma entrevista concedida para a revista americana Interview que não tem medo. “Quero que este país mude e não tenho medo. Eu apenas digo à minha família: ‘Não se preocupem. Se eu morrer, voltarei como um fantasma e assombrarei suas vidas!'”, disse ela.

“Por isso que minha família está meio assustada. Fui ao Brasil esta semana e não avisei as pessoas que estava lá por causa de algumas ameaças que estava recebendo. Estou sendo muito ativa neste ano com as eleições chegando”, contou a cantora, afirmando quais são os problemas na política brasileira: “As pessoas fingem que se importam apenas para garantir que permaneçam no poder, para garantir que seus egos sejam alimentados. É triste, porque as pessoas acreditam neles [políticos]”.

Ela ainda revelou que se for preciso brigar com o presidente ou com ministros do atual governo, fará isso. “Se eu precisar brigar com o presidente, eu vou brigar. Se eu precisar brigar com o ministro, eu vou brigar, como já fiz… Me preocupo em proteger o meio ambiente, os povos indígenas e a sociedade. Minha família fala assim: ‘Você tem que desacelerar’. E eu fico tipo: ‘Não! Os indígenas estão morrendo. A floresta está sendo morta. Precisamos fazer algo. Eu tenho a voz!'”, disparou a artista.

Anitta ainda acredita que Bolsonaro à odeia por conta dos seus posicionamentos e por isso tem evitado falar o nome dele. “Ele me odeia! Ele diz isso em voz alta. Mas agora entendo que a estratégia dele é usar meu nome para criar buzz online e não vou deixá-lo fazer isso. Então estou evitando dizer o nome dele. Eu o chamo de Voldemort”, afirmou.

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