O sucesso da novela Pantanal parece ter reacendido o amor do brasileiro pelas tramas da Globo e o engajamento nas redes sociais faz com que o alcance seja amplificado. Em entrevista para Cristina Padiglione, da Folha de S.Paulo, os diretores Amauri Soares e José Luiz Villamarim falaram sobre o posicionamento do canal. “Eu diria que novela está na moda, só que na Globo nunca deixou de estar na moda”, afirmou Villamarim.
“Quais são as características dos conteúdos desejados por todos os exibidores hoje, seja sob demanda ou linear? Conteúdos de alto engajamento, de alto impacto, conteúdos seriados de capítulos grandes, que estabeleçam uma conexão mais duradoura, conteúdos que possam ser plataforma de repercussão ou de abordagens da sociedade contemporânea. Eu conheço um formato que entrega tudo isso e se chama telenovela”, pontuou Soares ao exaltar o formato.
O diretor de dramaturgia da Globo relatou que a emissora está fazendo ao mesmo tempo três novelas das nove. “A gente sempre fez, faz e fará novelas, procurando nos manter à frente, do ponto de vista do audiovisual, com essa dramaturgia que a gente domina, tem expertise, é a nossa grande obra. Agora estaremos fazendo três novelas das nove ao mesmo tempo. Pantanal ainda está sendo realizada, e vamos começar a gravar Travessia, da Glória Perez, e Todas as Flores [que irá para o Globoplay], de João Emanuel. Isso é um sinal de quanto o audiovisual hoje está efervescente”, afirmou.
Do ponto de vista de José Luiz Villamarim, o remake da novela Pantanal fez com que alguns personagens ganhassem uma nova visão perante ao público do canal. “Pantanal, uma novela super contemporânea, a ponto de determinados personagens agora terem um alcance que a primeira versão não teve, caso da Maria Bruaca, que se conecta com questões que estão postas hoje e não estavam da primeira vez. Tem um componente a mais que alimenta o interesse”, declarou.
“A maioria do público está conhecendo Pantanal agora e uma pequena parte teve contato com a outra [da Manchete], mas isso ajuda muito na conexão, na formação de fãs, porque essas pessoas que conhecem a novela alimentam a conversa com essa memória afetiva e isso ajuda muito a divulgar a história”, relatou Amauri Soares.
