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CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

Após implicar com A Favorita, governo ataca novelas da Record e SBT

Imagem com foto de Lívia Brito, intérprete da personagem Fernanda em A Desalmada, novela mexicana do SBT
Lívia Brito, intérprete de Fernanda, a protagonista da novela A Desalmada (foto: Divulgação/SBT)

Após ameaçar a reprise de A Favorita (2008) na Globo, o DPJUS (Departamento de Promoção de Políticas de Justiça), órgão do Ministério da Justiça que faz a classificação indicativa dos programas de TV, partiu para cima das novelas da Record e do SBT. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (16), os folhetins A Desalmada (2021) e Chamas da Vida (2008) foram reclassificadas.

Uma decisão enviada para os canais de Edir Macedo e Silvio Santos na quinta-feira (15) determinou que tanto a novela mexicana produzida pela Televia quanto a trama protagonizada por Leonardo Brício e Juliana Silveira vão passar a ser transmitidas com o selo “não recomendado para menores de 14 anos”. Antes, elas tinham o selo “não recomendado para menores de 10 anos”.

De acordo com o colunista Gabriel Vaquer, do Notícias da TV, o DPJUS considerou que as obras têm “violência acentuada, conteúdo sexual, linguagem obscena e drogas lícitas”. Após serem notificadas, as emissoras de TV têm até cinco dias para apresentar as novelas com a nova classificação. Apesar da mudança na recomendação de público, as redes não serão obrigadas a mudar o horário dos folhetins. Em 2016, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que as transmissões televisivas em TV aberta não são vinculadas ao horário.

Nos últimos dias, SBT e Globo travaram uma guerra nos bastidores por causa da classificação indicativa. O canal de Silvio Santos denunciou a emissora líder ao órgão do Ministério da Justiça causa da reprise de A Favorita no Vale a Pena Ver de Novo. A emissora paulista alegou que o conteúdo da trama de João Emanuel Carneiro é inadequado para o horário das tardes. Por causa da denúncia, o folhetim deixou de ser recomendado para menores de 12 anos.

Agora, a história de Flora (Patricia Pillar) e Donatela (Claudia Raia) passou a ser exibida com o selo +14. A Globo discordou da decisão e recorreu, mas o DPJUS negou o pedido da líder e ainda ameaçou subir a classificação indicativa da novela para 16 anos, selo usado para produções com alto teor de nudez, sexo e palavrões. O departamento disse ter encontrado elementos que sustentam a tese do SBT. A Globo foi notificada e teve que fazer alterações na classificação indicativa da novela. No entanto, a emissora carioca ficou inconformada porque a versão da trama analisada pelo MJ foi a íntegra disponível no Globoplay, não a versão editada para TV aberta.

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