Marcos Palmeira é responsável por um dos principais personagens da novela Pantanal. O patriarca da família Leôncio passou por uma grande transformação conforme os capítulos foram passando. O ator relatou que a ideia da construção do papel era que o telespectador repensasse as próprias convicções.
“Ele traz para o brasileiro essa possibilidade de você repensar as suas verdades. Ele é um homem em construção. Apesar de ser o patriarca da família, ele aprende com a Filó (Dira Paes) as questões, ele entende a questão da homofobia e fala ‘caramba, tem razão’; a própria relação dele com a Juma. Com esse homem a gente espera abrir frestas na cabeça das pessoas [e dizer] ‘não se culpe de ser machista, mas fique atento para não dizer mais [algumas coisas], esteja aberto a modificar a sua posição diante das coisas’”, detalhou ele em conversa com a GQ.
O artista pontuou que José Leôncio faz com que o estereótipo acabe. “Ele faz sair desse lugar [de quem fala] ‘Sou isso mesmo, esse homem hétero e a vida é assim’. Não tem mais espaço para isso, gente, pelo amor de Deus! As gerações mudaram, não tem mais como exigir coisas de antigamente”, disse Marcos Palmeira.
“Jove e Juma são um casal livre. A Juma pode se apaixonar por uma mulher lá para frente e o Joventino, por um homem, e ao mesmo tempo eles se amam não necessariamente nesse amor homem e mulher, papai e mamãe. Esse amor do cheiro, do desejo, e que é uma magia pantaneira”, relatou o ator.