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MC Trans revela que se prostituiu e que chegou a ser agredida por cafetão

MC Trans passou por momentos difíceis em sua vida (foto: Reprodução)
MC Trans passou por momentos difíceis em sua vida (foto: Reprodução)

Maurício Meirelles entrevistou a cantora MC Trans. A artista revelou inúmeros episódios da sua vida em que passou muitas dificuldades enquanto se prostituía. “Eu fui expulsa de casa, morei na rua, cheguei em Copacabana e conheci a prostituição. Eu tinha uma referência de uma pessoa da minha família que se prostituiu em Copacabana, no Rio de Janeiro e tinha muito dinheiro”, disse.

“Só que ela era uma prostituta mulher e eu era uma travesti. Logo eu tive um encontro com uma cafetina que me pegou. Meu primeiro cliente foi um cara milionário que gostou de mim e alugou um apartamento pra mim. Ele ficou comigo uma semana, pagou roupa, vestido e tudo”, contou.

MC Trans afirmou que a prostituição precisa ser uma escolha e não uma necessidade. “Eu acho que ser prostituta precisa ser uma escolha da pessoa, mas eu sou de uma época que você não tinha escolha. Você era puta ou era puta. Eu fui puta. Eu criei o meu filho me prostituindo. Eu não queria e não servia para isso… Eu não tinha clientes fixos, eles saíam reclamando e eu não conseguia. Na minha época, eu tinha acabado de chegar no Brasil, pois eu morava em Portugal e eu não queria”, disse.

A artista falou sobre as possibilidades de emprego com travesti. “Eu queria ser dançarina, meu sonho era ser professora de inglês e fazer faculdade de letras. Eu não tive essa oportunidade. Eu precisei ir para a prostituição e o que mais me chocou foi a cafetinagem. Hoje em dia, existem possibilidades de emprego, mas são muito poucas. Travesti na nossa bandeira é o cúmulo… a escória”, lamentou.

A cantora contou que apanhou muito em sua vida. “Fazia ponto na praia de Copacabana e apanhei muito do cafetão de lá. Uma vez cheguei a ver a cafetina aplicar injeção do antibiótico benzetacil na língua de uma colega porque a cafetina disse que a viu paquerando o marido dela. A gente apanhava muito. Fora o que tinha que me sujeitar para viver”, relatou.

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