Junior Lima abriu o coração durante sua participação no Saia Justa, do GNT, e relembrou os boatos sobre sua sexualidade que marcaram sua adolescência. O cantor, que viveu o auge da fama ao lado da irmã Sandy nos anos 1990 e 2000, disse que precisou de duas décadas de terapia para lidar com os impactos emocionais das especulações.
“Existiram muitos boatos em relação à minha sexualidade na minha adolescência. E isso, para mim, gerou uma série de coisas que, na época, eu não entendia, mas gerou uma insegurança absurda. Por ser um homem, principalmente ali no final dos anos 90, 2000, que era completamente diferente de hoje em dia, da consciência de hoje”, contou.
O cantor explicou que, por viver em um ambiente artístico e cercado por mulheres, desenvolveu uma sensibilidade e empatia que eram mal interpretadas naquela época. “Sempre fui um homem que viveu na arte, que viveu dançando, na música, compondo… É um ambiente extremamente feminino, porque estava o tempo todo com a minha mãe e irmã. Então, eu tive uma sensibilidade muito aflorada, era um homem simpático, preocupado com as mulheres ao meu entorno. E isso se voltava contra mim”, contou.
Junior Lima classificou aquele período como “muito machista” e afirmou que os comentários, baseados em fofocas, ainda deixam marcas. “20 anos de análise e eu tive que peitar muita coisa e ser muito corajoso para continuar sendo quem eu simplesmente era e não negar a minha sensibilidade, a minha empatia que eu sempre tive. Sempre fui muito preocupado com o próximo. E isso era confundido, sabe? Um cara que se permitia dançar, como assim? E isso me atrapalha até hoje na minha profissão. Tem gente que tem preconceito comigo até hoje”, lamentou.


