FIM DE UMA ERA

29 anos depois, William Bonner deixa definitivamente o comando do Jornal Nacional

Âncora e editor-chefe oficializou sua aposentadoria da bancada do telejornal mais visto do país, que passará a ser liderado por César Tralli

Foto do apresentador William Bonner
William Bonner deixará definitivamente a bancada do Jornal Nacional (foto: Reprodução/TV Globo)

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William Bonner não completará três décadas a frente do Jornal Nacional: a TV Globo oficializou nesta segunda-feira (1º) que o âncora e editor-chefe do telejornal mais assistido do país deixará suas funções no noticioso ainda neste ano. Na bancada do jornalístico desde abril de 1996, o jornalista será substituído por César Tralli, até então responsável pelo Jornal Hoje e pelo Edição das 18h, da GloboNews. Bonner, no entanto, não está se aposentando definitivamente, e irá assumir o comando do Globo Repórter, tradicional programa das noites de sexta-feira.

O último ‘boa noite’ de William Bonner ao lado de Renata Vasconcellos acontecerá na edição do dia 3 de novembro do Jornal Nacional. A saída do âncora e editor-chefe foi confirmada em uma data simbólica para o telejornal, que completou 56 anos de exibição nesta sexta-feira. Mesmo sem completar três décadas na bancada, ele se despedirá do formato como o nome mais longevo da história, sendo responsável pelo maior período contínuo de um jornalista no noticioso — até então, o recorde pertencia a Cid Moreira (1927-2024), que esteve no jornalístico entre 1969 e 1996.

Bonner fez sua estreia no Jornal Nacional em 1º de abril de 1996, ao lado de Lillian Witte Fibe. Dois anos depois, passou a dividir a apresentação com Fátima Bernardes. Mais tarde, teve como parceiras de bancada Patrícia Poeta e, desde 2014, Renata Vasconcellos. Durante esse período, esteve no centro dos principais acontecimentos jornalísticos do país e do mundo. Foi o principal rosto de transmissões históricas, como a dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.

O trabalho garantiu ao telejornal uma indicação ao Prêmio Emmy Internacional. Em 2002, viveu um momento difícil ao noticiar a morte do jornalista Tim Lopes (1950-2002), assassinado em junho daquele ano. A edição especial prestou uma homenagem ao colega, com editorial lido ao vivo e a equipe reunida na Redação. Outros momentos de destaque de sua passagem pelo Jornal Nacional ocorreram fora do estúdio.

Ele comandou o noticioso em Paris durante a Copa do Mundo de 1998, em Roma no velório do papa João Paulo II (1920-2005), e em Santa Catarina nas enchentes de 2008. Também esteve em São Paulo na cobertura do acidente da TAM em Congonhas em 2007 e em Santa Maria (RS) após o incêndio na boate Kiss em 2013. Mais recentemente, no ano passado, voltou ao Rio Grande do Sul em 2024 para a cobertura da tragédia climática no estado.

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