Com apenas 15 anos, o britânico Owen Cooper viveu um momento histórico. O estreante venceu o prêmio de melhor ator coadjuvante por sua atuação em Adolescência, minissérie de quatro episódios da Netflix que se tornou fenômeno em 2025. O jovem superou veteranos como Javier Bardem, Bill Camp, Rob Delaney, Peter Sarsgaard e até seu colega de elenco Ashley Walter.
No palco, emocionado e aplaudido de pé, ele refletiu sobre a conquista. “É surreal. Honestamente, quando comecei as aulas de teatro, alguns anos atrás, eu não esperava nem estar nos Estados Unidos. Hoje é uma prova de que, se você ouve, foca e sai da sua zona de conforto, pode alcançar qualquer coisa. Eu não era nada há três anos. E estou aqui agora”, declarou.
Na trama, gravada em tomadas únicas, Owen Cooper dá vida a Jamie Miller, um adolescente de 13 anos acusado de matar uma colega de escola a facadas. A minissérie debate bullying, violência, redes sociais e família. Apesar da força dramática do papel, atuar não estava nos planos do garoto. “Eu nunca quis realmente ser ator. Não estava no meu DNA”, contou à revista iD.
Em conversa com O Globo, o criador de Adolescência e intérprete de Eddie, pai de Jamie, Stephen Graham, destacou o talento precoce do jovem. “Ele nunca tinha feito nada profissionalmente. Acho que foi indicado pelo grupo de teatro de Manchester. Sinceramente, acredito que Owen seja um fenômeno de uma geração. No episódio três já estava com todas as falas decoradas. E, quando terminávamos cenas intensas, os veteranos diziam ‘foi pesado’. Ele? Corria para o andar de cima jogar bola com o tutor”, disse.
