De modelo internacional a atriz de grandes sucessos da TV brasileira, Sílvia Pfeifer revelou no É de Casa os caminhos que a levaram da moda para a dramaturgia. Ainda jovem, conciliava a faculdade de Direito com um curso de secretária executiva, sempre em busca de independência financeira. A artista possui no currículo novelas como Meu Bem, Meu Mal (1990), Tropicaliente (1994) e O Rei do Gado (1996).
“Já estava há 12 anos como modelo e pensei: ‘O que vou fazer depois?’. Já tinha meus 32 anos”, contou. Foi quando recebeu uma ligação decisiva de Graça Motta, produtora de elenco. O teste para um longa não aconteceu, mas a preparação a colocou no radar da TV. “A Bia Lessa, que me preparou, me levou pela mão e me apresentou ao Daniel Filho”, sinalizou.
Pouco tempo depois, Sílvia Pfeifer conquistava um dos papéis mais marcantes de sua carreira: Léia, em O Rei do Gado (1996). “O Luiz Fernando Carvalho já veio falando o que ele queria, que queria aquela mulher daquele jeito. E tivemos uma reunião com uma caracterizadora americana para fazer a primeira parte da novela. E aí, quando ela me viu na reunião, ela disse que eu não podia descolorir o cabelo porque meu cabelo era muito fino, eu ia ficar careca”, disse.
Depois eu disse para o Luiz Fernando que não queria usar peruca. Não ia conseguir passar os 40 graus do Rio de Janeiro com uma peruca esquentando a cabeça. Falei: ‘Se eu ficar careca, uso a peruca’. Aí descolori, levei horas, o dia inteiro no salão descolorindo aos poucos. E realmente, depois, o cabelo começou a cair”, pontuou.
Apesar do sacrifício, a atriz guarda o trabalho com carinho. “Mas foi um presente. O texto do Benedito Ruy Barbosa é um presente. O elenco que estava comigo era maravilhoso”, detalhou. A artista atuou com Antonio Fagundes, Patricia Pillar, Raul Cortez (1932-2006), Gloria Pires, Fabio Assunção, Carlos Vereza e Stenio Garcia.
