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ZECA CAMARGO

Ex-Globo expõe bastidores da emissora e como é trabalhar com Boninho

Imagem com foto do apresentador Zeca Camargo
Zeca Camargo relembrou a carreira, saída da Globo e como é trabalhar com Boninho (foto: Reprodução)

Zeca Camargo, apresentador do programa 1001 Perguntas, da Band, foi entrevistado por Flávio Ricco e Dani Bavoso no O Programa de Todos os Programas desta terça-feira (1º). Na atração do portal R7, o comunicador revisitou acontecimentos importantes dos mais de 30 anos de carreira e sobre sua paixão por viagem. Ex-apresentador do reality show No Limite, ele também contou como é trabalhar com J.B. Oliveira, o Boninho, o chefão do núcleo de realities da Globo.

Natural de Uberaba (MG), Zeca contou que já visitou mais de 114 países ao redor do mundo e revelou um lugar inusitado para o qual pretende de viajar. “Eu gosto de ir para lugares pouco óbvios e desejo ainda ir à África e Irã, para onde eu ia antes da pandemia, mas não aconteceu”, lamentou, além de confessar que o primeiro lugar a visitar em uma viagem é o mercado local. “Ali é o microcosmo do lugar, e podemos aprender o que eles compram e comem”, explicou.

Na conversa com Flávio e Dani, o apresentador adiantou que pensa em se aposentar e viver fora da TV. “Se tem um plano que eu gostaria de fazer na vida é viajar para todos os países do mundo. Daqui a pouco, eu saio dessa correria da vida de televisão e já brinquei que está na hora de parar para descansar um pouco”, disse ele, que também apresenta o Comer é Viajar no Sabor&Arte, canal por assinatura de gastronomia do Grupo Bandeirantes.

O início no jornalismo

Zeca Camargo também lembrou o seu início no jornalismo, por meio de um convite da jornalista Lilian Pacce, sua antiga colega de cursinho pré-vestibular. “A Folha de S Paulo foi muito generosa comigo e eu sou super grato, porque não sou formado em Jornalismo, sou formado em Administração de Empresas e Publicidade e Jornalismo, mas falaram que eu escrevia bem e pediram para eu continuar”, relembrou e contou que deu aula de danças enquanto trabalhava no jornal. “O único registro profissional que eu tenho na minha carteira de trabalho é bailarino”, confessou.

Ao lembrar de sua chegada à MTV Brasil (1990-2013), no início dos anos 90, Zeca disse que a produção da emissora o procurava, por indicação da apresentadora Astrid Fontenelle, mas ele ainda não utilizava seu nome artístico e, sim, José Carlos Camargo. “Não sei como fui aprovado, meu teste não foi bom, inclusive foi péssimo, mas eu acho que fui aprovado, mas tinha alguma coisa invisível que pegou ali e falaram que eu tinha o jeito da MTV”, contou o famoso, que também atuou como diretor de jornalismo e descobriu diversos novos talentos, como Márcio Garcia.

Os bastidores da Globo

Após deixar o canal de música, Zeca Camargo lembrou que, primeiro, foi para a TV Cultura, além de passar por veículos impressos, como a revista Capricho, até chegar o convite para estrear na TV Globo, onde foi apresentador do primeiro reality de confinamento da televisão brasileira, o No Limite, em que era dirigido por José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, e deu detalhes curiosos de bastidores.

“A gente não sabia o que fazer, não sabia o que ia ser e que teria essa dimensão que teve. Na final do programa, quando tinha uma especulação enorme sobre quem ganharia, a direção da emissora pediu para eu sair do Brasil e ficar incógnito até a exibição. Eu fui para Dublin, na Irlanda, literalmente escondido porque era impossível não vazar a informação”, revelou. “Trabalhar com o Boninho não é fácil. Ele é meu amigo, então posso falar, ele é o melhor e pior diretor, é um inferno e um paraíso trabalhar com ele”, brincou ao detalhar a rigidez do diretor durante as gravações do programa.

A saída da emissora líder

Zeca Camargo deixou a Globo em 2020, após 24 anos de contrato. Na entrevista para Flávio Ricco e Dani Bavoso, ele contou que não esperava ser dispensado da emissora por não ter um projeto encaminhado e que a explicação foi de reestruturação financeira. “Foi surpreende para mim e para todo mundo. Foi triste. E eu fui o pioneiro e depois teve uma leva de onda de demissões. Eu entendi como um fim de um período ali e ia começar um novo ciclo”, afirmou.

No entanto, o comunicador lembrou que não ficou muito tempo sem emprego e que, dias depois, recebeu o convite para integrar o elenco da Band, onde hoje apresenta o game show 1001 Perguntas. “Eu fui sem saber o que eu ia fazer muito bem, mas achavam que podiam me encaixar em algum projeto. Os anos de 2020 e 2021 foram para eu sentir a emissora primeiro, saber o que era possível fazer, até que encontramos o 1001 Perguntas”, contou ele.

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