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GUERRA JUDICIAL

Chamado de pedófilo, Caetano Veloso garante penhora de espólio de guru bolsonarista

Foto de Caetano Veloso e Olavo de Carvalho
Caetano Veloso venceu Olavo de Carvalho na Justiça (Foto: Divulgação/Reprodução/YouTube)

Caetano Veloso ganhou na Justiça o direito de receber a penhora do valor referente às vendas de livros de Olavo de Carvalho (1947-2022). O cantor foi chamado de pedófilo pelo guru bolsonarista em uma publicação nas redes sociais, em 2017. Desde então, o artista move uma ação contra o escritor, mas ainda não havia conseguido garantir o dinheiro da indenização.

De acordo com o portal F5, da Folha de S.Paulo, a 50ª Vara Cível do Rio atendeu o pedido da defesa de Caetano Veloso de penhorar valores arrecadados com a venda de livros de Olavo de Carvalho. A decisão foi do juiz Guilherme Pedrosa Lopes, que definiu que é de obrigação do espólio arcar com dívidas do escritor, enquanto não há a finalização do inventário. A Editora Record afirma que esses valores penhorados seriam de pouco mais de R$ 8 mil. O problema é que o valor da dívida é muito superior.

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Ainda em 2017, a Justiça concedeu uma liminar decidindo pela remoção dos conteúdos que o guru bolsonarista fez contra o cantor. Caso não apagasse as publicações, pagaria multa diária de R$ 10 mil, e como isso nunca aconteceu a dívida chegou a ultrapassar R$ 3 milhões. Em 2021, a Justiça do Rio de Janeiro negou um recurso do escritor que alegava não ter dinheiro para pagar a multa ao cantor, o que fez com que a dívida só aumentasse.

Nos anos que se arrastaram, houve uma troca de acusações na Justiça entre as duas partes. Em 2019, Caetano Veloso chegou a publicar um artigo na Folha de S.Paulo fazendo acusações contra Olavo de Carvalho, que respondeu com uma queixa-crime pedindo que o artista respondesse pelos crimes de calúnia, difamação e injúria. O advogado de Carvalho, Francisco Carlos Cabrera, referia-se ao músico como “canalha”, “delinquente travestido de colunista” e dizia que Veloso afirmava ter sido exilado durante a ditadura militar, “mas nunca mostrou um documento”.

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