Ex-vice presidente de Jornalismo da Record e ex-chefão da CNN Brasil, Douglas Tavolaro surpreendeu o mercado ao anunciar o lançamento da versão brasileira da CNBC – maior emissora de negócios dos Estados Unidos. A empresa surgirá em parceria com a NBCUniversal, que é um conglomerado de mídia gigante do país norte-americano, e que terá a chance de impactar brasileiros com notícias sobre o mundo corporativo. Em entrevista ao portal F5, da Folha de S.Paulo, o executivo revelou quais são suas ambições com o novo projeto.
“Quero fazer um jornalismo despolarizado. Esse canal será importante para o Brasil. Vai criar empregos. Vamos brigar por um furo de reportagem. Vou fazer algo imparcial”, declarou. Douglar Tavolaro também revelou que não terá a GloboNews, Jovem Pan e a CNN Brasil como concorrentes. “Vamos ter realities shows e até eventos esportivos. Meu foco é outro”, declarou.
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Douglas Tavolaro explicou que estudou o cenário internacional durante viagens aos Estados Unidos e percebeu que o Brasil carecia de jornalismo de negócios. “A CNN Brasil está aí, fez os concorrentes se mexerem, e abriu o mercado de TVs de notícia. É a mesma coisa agora. Eu fiquei dois anos nos EUA, estudando, e fui atrás de um projeto que se encaixaria no momento do Brasil. E para mim, uma pergunta eu não conseguia responder: Como uma das dez maiores economias do planeta não tinha um canal de jornalismo de negócios?”, avaliou.
“É um modelo consagrado nos EUA e na Europa. Eu não estou inventando isso, talvez só o fato de trazer para cá. Nos EUA, tem os canais de notícias, e tem a CNBC, que é a líder, a Fox Business, e a Bloomberg. E as pessoas assistem e tem rentabilidade. Eu trouxe para cá porque acredito na oportunidade. No oceano azul, como dizem”, continuou.
Douglas Tavolaro não deu uma data de estreia para a CNBC, mas a expectativa é que o canal entre no ar ainda em 2024. Atualmente, o empresário pensa em profissionais para trabalharem no projeto. “De vídeo, nós estamos buscando talentos reconhecidos pelo grande público, que tenham conhecimento específico no mundo dos negócios também, e talentos que façam entretenimento que tenham qualidade e um conteúdo consistente. Em nomes de executivos, nós já temos uma ideia de organograma pensado”, contou.
