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TRABALHOU LÁ POR 27 ANOS

Glenda Kozlowski revela que diretor da Globo não a deixava usar vestidos

Foto da apresentadora Glenda Kozlowski
Glenda Kozlowski revelou bastidores de seus 27 anos na Globo (foto: Reprodução)

Glenda Kozlowski, apresentadora do Show do Esporte, da Band, afirmou em entrevista ao podcast Flow Sport Club, que foi feliz durante as quase três décadas na Globo, mas que nunca se enquadrou na fórmula “engessada” da emissora e que levava bronca por “quebrar o padrão”. A repórter declarou que entende que existe uma forma mais leve de apresentar um programa ao vivo como ela faz no trabalho atual e que decidiu deixar a emissora carioca por não enxergar perspectivas de produzir algo a mais do que já tinha feito.

“Dei muita sorte de trabalhar durante 27 anos na Globo. Sou muito grata por ter tido essa experiência. Havia liberdade para fazer tudo que queria e a minha geração foi muito craque na televisão, sabíamos como fazer a nossa profissão. Cresci nesse meio e absorvi muita coisa. Então, quando saí da Globo, tive que quebrar muitos paradigmas. Por exemplo, a questão da postura ou de ficar mais à vontade na hora de falar”, começou.

A âncora de programa esportivo declarou que recebia muitas broncas por ser mais solta na televisão. “Hoje em dia, apresento na Band de cabelo solto, e no meio do programa eu prendo o cabelo porque me deu vontade. São coisas que parecem ser normais, mas há poucos anos não era tão normais assim. Existia um formato. Era muito mais engessado. Inclusive, sempre recebi muita bronca por rir muito, por falar usando muito os braços, porque batia na mão do meu colega”, disse.

A apresentadora lembrou um episódio com o ídolo do Palmeiras Marcos, onde foi repreendida pelas brincadeiras com a calvície do ex-jogador durante um Esporte Espetacular. “Uma vez, fui entrevistar o Marcos, ex-goleiro, e eu tinha cabelo grande… Brincando com ele, fiz uma pergunta sobre a fase dele de solteiro. Não era normal, ainda mais sendo uma repórter mulher e no final da entrevista, falei: ‘Espera aí, Marcos. Vamos te imaginar cabeludo!’. Cheguei por trás dele, coloquei meu cabelo na careca dele. Todo mundo riu. A matéria foi ao ar com a brincadeira, mas não teve jeito”, relembrou Glenda Kozlowski.

“Na segunda-feira, eu recebi um e-mail dizendo que o diretor de esportes, Luiz Fernando Lima, queria conversar comigo. Fiquei pensando: ‘Ai meu deus, o que fiz de errado? Será que errei alguma informação?’. Quando cheguei na sala dele, ele disse: ‘Meu amor, você é repórter, não dá para você colocar seu cabelo na careca do goleiro’. Você vê, hoje em dia seria a coisa mais normal do mundo. Então, eu nunca me encaixei muito nessa coisa engessada. Lembro que eu brigava: ‘Gente, eu quero usar vestido! Sou menina! Não quero ter que ficar usando calça jeans todo dia’. Fui quebrando alguns paradigmas, sabe?”, afirmou.

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