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EX-DIRETOR DA GLOBO

Silvio de Abreu defende José Mayer de assédio sexual: “Escândalo plantado”

Imagem de Silvio de Abreu em participação no programa Ofício em Cena da GloboNews
Silvio de Abreu saiu em defesa de José Mayer, que foi acusado de assédio sexual na Globo em 2017 (foto: Globo/João Cotta)

Ex-diretor de Dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu saiu em defesa de José Mayer e fez duras críticas à demissão do ator da antiga emissora. Em 2017, o intérprete de Cláudio Bolgari, de Império, foi acusado de assédio sexual figurinista Su Tonani. Para o autor de novelas como Rainha da Sucata (1990) e A Próxima Vítima (1995), a punição foi exagerada e o escândalo foi “plantado” por grupos feministas. O roteirista foi contratado pela HBO Max na semana passada.

“Minha análise é que foi um escândalo muito mais plantado por grupos do que qualquer outra coisa. Foi uma atitude bastante cafajeste do Zé Mayer, mas sacrificar uma carreira brilhante e útil para a empresa como a dele foi decorrência da baita pressão de grupos que a diretoria recebeu. Foi tão bem organizado que a novela [A Lei do Amor, na qual Mayer atuava na época] acabou na sexta-feira e no sábado as pessoas já estavam com camisetas onde se lia ‘mexeu com uma, mexeu com todas’. Já tinha uma coisa armada”, afirmou Abreu em entrevista à Veja.

“O Zé Mayer foi um bode expiatório. Volto a dizer que não estou defendendo a atitude dele. Não sei o que aconteceu de verdade entre ele e a moça, só fiquei sabendo de coisas que ocorriam aqui e ali. Se tivesse passado um tempo, as pessoas iriam refletir melhor. Mesmo tendo errado e sendo cafajeste, ele é um ator de belíssima carreira”, defendeu ele, que se desligou da líder de audiência em março de 2021.

Silvio de Abreu contou ainda que por diversas vezes tentou levar José Mayer de volta às novelas da Globo, mas encontrou muita resistência. “Eu batalhei muito na Globo para que ele tivesse uma segunda chance, mas não tive apoio. Precisaria de um grupo de apoio feminino. Não adiantava juntar um monte de homem para reivindicar isso. Aí seria uma atitude machista. Tinha de ter mulheres, e não consegui. Mesmo entre as que falaram que achavam uma injustiça, nenhuma assumiu isso publicamente”, disse o roteirista.

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