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LEONARDO MONTEIRO

Globo contrata advogado italiano para apurar agressão de repórter do JN

Maurício Della Constanza, Leonardo Monteiro e Ilze Scamparini são repórteres da Globo
Leonardo Monteiro (ao centro) foi agredido enquanto gravava reportagem para o Jornal Nacional (foto: Divulgação/TV Globo)

A Globo anunciou a contratação de uma bancada de advogados italianos para apurarem a agressão sofrida pelo jornalista Leonardo Monteiro, correspondente da emissora na Europa. Há alguns dias, o repórter especial do Jornal Nacional foi agredido por um segurança contratado para proteger Jair Bolsonaro, que visitava a capital italiana para participar dos eventos relacionados ao G20. A decisão foi anunciada na noite desta terça-feira (2) pela líder de audiência durante o seu principal telejornal, comandado por Hélter Duarte e Ana Luíza Guimarães.

“No dia da agressão aos jornalistas, a Globo e outros veículos, além de entidades de classe, divulgaram nota de repúdio às agressões exigindo a apuração dos fatos. A Globo contratou serviços jurídicos na Itália para que o caso seja acompanhado”, afirmou Hélter Duarte. “Nós indagamos o Palácio do Planalto sobre as críticas da representante da ONU e sobre o porque o Brasil não faz parte da coalizão da liberdade de imprensa. Mas não obtivemos resposta”, lamentou Ana Luíza Guimarães.

O jornalístico mostrou um relatório da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) sobre “ameaças que silenciam: tendência na segurança de jornalistas” que mostra a quantidade de casos de violência contra jornalistas entre 2016 e 2020 em todo o mundo. De acordo com a entidade, o Brasil é o líder em crimes contra a profissão na América do Sul: 14 profissionais foram assassinados durante o período.

Os números dos últimos cinco anos indicam uma mudança no perfil de jornalistas assassinados. Em 2016, metade das mortes eram de profissionais em zonas de conflito armado, mas em 2020, esse número caiu para 39%. “Há uma transferência no número de mortes de jornalistas em locais com conflitos armados para aqueles fora das zonas de confronto. É muito preocupante que o maior número de jornalistas assassinados seja em coberturas locais”, lamentou Guilherme Canela, Chefe Global da Liberdade de Expressão e Segurança de Jornalistas da Unesco, ao Poder360.

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