A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30) para ocupar a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, que estava vaga desde a morte do cineasta Cacá Diegues (1940-2025). A eleição, realizada na sede da ABL no Rio de Janeiro, contou com a participação de 37 acadêmicos, dos quais 20 votaram na jornalista da Globo, garantindo sua entrada como a nova imortal da instituição.
Na disputa pela cadeira, Míriam Leitão superou outros 14 candidatos, incluindo o ex-senador Cristovam Buarque e o jornalista e biógrafo Tom Farias. Também concorreram nomes como Ruy da Penha Lôbo, Marcia Camargos e Antônio Hélio da Silva. A votação é secreta e conduzida entre os membros efetivos da ABL. A cadeira 7 já teve entre seus titulares nomes como Afrânio Peixoto (1876-1947), Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990) e Cacá Diegues.
Com mais de 50 anos de carreira no jornalismo, Míriam Leitão é uma das comentaristas políticas e econômicas mais influentes do país. Atualmente, é colunista do jornal O Globo, comentarista da GloboNews e CBN, e apresentadora do programa Míriam Leitão na GloboNews.
Além do trabalho jornalístico, a apresentadora também se consolidou como escritora. É autora de 16 livros, transitando entre os gêneros de crônica, romance, literatura infantil e reportagem. Sua obra Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda (2012) rendeu o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Reportagem e o Jabuti de Livro do Ano de Não Ficção. Já o título Amazônia na encruzilhada (2023) lhe garantiu o Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano em 2024.


